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Cerca de 20 mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e Via Campesina (que agrega movimentos sociais sem-terra) picharam e depredaram na manhã de hoje seis salas da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife.

Foi uma ação rápida, de duração de aproximadamente 15 minutos, e nenhuma pauta foi apresentada. Elas chegaram em dois ônibus acompanhadas de outros 50 manifestantes, mas somente as mulheres participaram da ação, segundo o delegado Paulo André Albuquerque de Souza. Já Cristiane Albuquerque, integrante do MST e participante do protesto, afirmou que 500 mulheres participaram da ação.

De acordo com Cristiane, a ação foi para denunciar a inoperância do Incra. "Existem acampamentos com até 15 anos de existência ainda a espera de reforma agrária", afirmou ela. "Não há prioridade para reforma agrária e o Incra não tem realizado sua tarefa". Segundo ela, a depredação não foi planejada. A intenção era de fazer a manifestação no pátio do Incra, mas algumas mulheres revoltadas com a inoperância do Incra provocaram a depredação.

Cristiane afirma não ter condição de identificar essas pessoas, que vieram de acampamentos do Agreste, Zona da Mata e região metropolitana. Segundo o líder do MST, Jaime Amorim, o protesto faz parte das atividades do Dia da Mulher, que foram antecipadas porque a data coincide com o Carnaval.

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