O Museu de Arte de São Paulo (Masp), cartão postal da cidade de São Paulo e com acervo de quase 6 mil peças, passou a noite às escuras. Durante o dia, segundo a administração, o museu funcionará normalmente, pois possui gerador.
A AES Eletropaulo suspendeu nesta terça-feira o fornecimento de luz. Segundo a empresa, o corte foi feito por causa de uma dívida de R$ 3,5 milhões, referente a uma inadimplência que perdurou por 7 anos.
A Eletropaulo reconhece que, desde junho de 2005, o Masp vem honrando as contas mensais, mas diz que não foi feito pagamento dos débitos anteriores. "De agosto de 2005 até 25 de abril de 2006 as negociações prosseguiram. No período foram tentadas diversas possibilidades, entre elas o uso de créditos tributários para pagamento dos débitos. Todas sem sucesso", diz a nota.
Segundo a Eletropaulo, foi descoberta até mesmo ligação irregular de energia no Masp e os acordos de pagamento não foram honrados.
"Nesse período, a AES Eletropaulo tentou negociar, sistematicamente, buscando o equacionamento da dívida. Para tanto foram firmados 2 acordos de pagamento, sendo o primeiro em julho de 2000 e o segundo em fevereiro de 2004, ambos descumpridos pelo MASP. Além de não cumprir os acordos firmados com a AES Eletropaulo, identificou-se em março de 2004 que o MASP tinha consumo irregular de energia desde fevereiro de 2002, conforme consta de Termo de Ocorrência de Irregularidade assinado pela administração da instituição em março/04. O valor atualizado da energia desviada é de R$ 414 mil."
Inaugurado em novembro de 1968, o prédio do Masp guarda preciosidades, como esculturas de Aleijadinho, quadros de Portinari, Rembrandt, Van Gogh e Renoir, que precisam ser mantidas em local climatizado.
A energia elétrica é essencial também para preservar as obras de exposições itinerantes. A mais recente é a de Degas. Foi aberta na semana passada com 120 peças do mestre do impressionismo francês, entre pinturas, desenhos e esculturas. O acervo fica à mostra no MASP até o dia 20 de agosto.
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