A memória dos boinas-azuis ganhou um acervo no 20.º Batalhão de Infantaria Blindado (20 BIB), no Bacacheri, e em breve terá seu próprio museu. O veterano Isidoro Baçon começou a reunir material sobre o Batalhão Suez na década de 80 e, quando a casa começou a encher, o 20 BIB cedeu uma sala para que artefatos históricos, fotos e publicações não se perdessem. Agora, o comandante do batalhão, tenente-coronel Ernani Lunardi Filho, pretende levar este acervo para um prédio já existente no quartel e que será remodelado especialmente para virar museu. "Faço questão que eles estejam sempre em nossos eventos, afinal um dos contingentes que foi a Suez saiu daqui", explica. Além das forças de paz, o museu terá informações sobre o sargento Max Wolff Filho, herói da Força Expedicionária Brasileira na 2.ª Guerra Mundial, e sobre o 15.º Batalhão de Caçadores, que deu origem ao 20 BIB.

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A historiadora Carmen Rigoni está catalogando o acervo dos boinas-azuis, que abrange outras missões de paz além do Batalhão Suez. São uniformes, livros, revistas, fotografias, lembranças de viagem (como um terço comprado em Jerusalém), miniaturas de veículos e aviões, munição, objetos comemorativos e artigos típicos dos países onde o Brasil já esteve vestindo o azul-claro das Nações Unidas. O objeto mais precioso, porém, é uma mina anti-carro, desarmada no deserto do Oriente Médio. Segundo o tenente-coronel Lunardi, é questão de tempo para que o Exército homologue o novo museu. "Ainda precisamos fazer a planta e captar recursos. Pretendemos sensibilizar a iniciativa privada", diz. Enquanto isso, os boinas-azuis mantêm seu "museu virtual" no site http://www.batalhaosuez.com.br.