A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30), durante evento realizado em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, que o Brasil não sofre efeitos maiores da crise econômica mundial por ser um país "diferente". "Hoje, no mundo, nós vemos países até então desenvolvidos serem países que lideram o campeonato de quem mais desemprega no mundo - o Brasil é diferente, nosso modelo é diferente dos outros modelos", afirmou a presidente.
"Para nós, o Brasil vai crescer se as pessoas melhorarem de vida porque, para nós, quem é a maior força que empurra o Brasil para a frente é seu povo, porque são consumidores, trabalhadores empresários. São aquelas pessoas que criam aquele ciclo muito bom, que uma coisa puxa a outra. Quem consome, ao mesmo tempo cria oportunidade e, com isso, a roda vai girando e o Brasil vai crescendo", disse a presidente. Dilma participou, na cidade baiana, da assinatura da ordem de serviço para o início das obras de revitalização urbanística da Bacia do Rio Camaçari.
O projeto de urbanização da bacia hidrográfica prevê, além da construção da rede de saneamento básico da região, da recuperação ambiental da área, da proteção de encostas e da instalação de rede de iluminação pública, ao custo de R$ 163 milhões, a construção de 2.357 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Os investimentos previstos são de R$ 112 milhões e a população beneficiada é estimada, pelo governo, em 90 mil pessoas.
Habitação
Durante o discurso, Dilma também criticou os governos anteriores ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ela, não davam importância à política habitacional. "O Brasil passou mais de 20 anos sem ter uma política real de habitação", afirmou. "Isso mostra a pouca importância que lideranças políticas e governos deram a uma questão que é essencial. A casa é, talvez, a coisa mais importante para qualquer família. É a garantia de segurança, de proteção e acolhimento para nossas crianças, nossos filhos."
A presidente disse que é um "extremo orgulho" entregar ou lançar uma obra do Minha Casa, Minha Vida, em especial quando ela "tem ligação com retirada da população de área de risco". "Uma das coisas mais importantes que nós mudamos é a política habitacional", afirma. "Foram, são e serão milhares, milhões de pessoas no País que vão ser beneficiadas com o Minha Casa, Minha Vida."