Nesta quarta-feira (4) é dada a largada à contagem regressiva para a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado, prevista para ocorrer daqui a uma semana, no dia 11 de maio.
A expectativa da presidente não é nada animadora e ela já planeja montar uma equipe, chamada “bunker da resistência”, para trabalhar em sua defesa na segunda votação na Casa, segundo a Folha de S.Paulo.
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Na comissão do Senado, a batalha parece estar perdida para Dilma. Apenas cinco dos 21 membros se declararam contrários ao impedimento e somente Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ) têm atuado na linha de frente da defesa da presidente no grupo.
Mesmo no caso de vitória na comissão, a votação segue ao plenário, onde 50 senadores já se posicionam favoráveis ao processo – nove a mais que o necessário.
Com o iminente afastamento por 180 dias, resta a presidente trabalhar para não perder votos e conquistar os indecisos do Senado. O Planalto também cogita a hipótese de sugerir à Casa novas eleições presidenciais em outubro, o que impediria que o vice Michel Temer (PMDB) fique com o posto da Presidência até o final do mandato.
Ataque e contra-ataque
No período de afastamento de Dilma, Temer terá a seu favor a máquina pública. O peemedebista poderá nomear sua lista de possíveis ministros. Henrique Meirelles é praticamente certo para a Fazenda.
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Leia a matéria completaEntre as outras pastas, deve haver uma distribuição partidária, contemplando, inclusive, siglas que faziam parte da base de Dilma, como o PRB, para a Ciência e Tecnologia; o PP, para Agricultura e Saúde; e o PV para o Meio Ambiente.
Já Dilma planeja descer a rampa do Planalto acompanhada de ministros, amigos e assessores – o que pode incluir o ex-presidente Lula, denunciado ontem pela Procuradoria-Geral da República – tão logo seja comunicada do afastamento. A ideia é concentrar forças em seu “bunker”, no Palácio da Alvorada, com um grupo de no máximo 15 pessoas, incluindo ministros. A equipe terá como principal função montar uma estratégia de defesa para o julgamento final de Dilma.
A ideia da presidente é enfrentar o processo de impeachment até o fim. Em evento ontem , ela reafirmou que não vai renunciar é que é “vítima de uma fraude”. “Se eu renunciar, se esconde para debaixo do tapete esse impeachment sem base legal. É extremamente confortável para os golpistas que a vítima desapareça (...). A injustiça vai continuar visível”, disse. “Estamos fazendo história porque a democracia é, sem sombra de dúvidas, o lado certo da história.”
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