Na estatal

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Mesmo tendo sido impedido pelos senadores de continuar na direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – em um votação articulada em março pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) –, Bernardo Figueiredo continua a ser influente entre os integrantes do Ministério dos Transportes. Ontem foi anunciado que o ex-diretor da ANTT presidirá a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. (Etav). A estatal será responsável pelo trem-bala, que fará a ligação entre Rio, São Paulo e Campinas. Figueiredo foi convidado nesta semana semana para assumir o cargo pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos. O convite oficial partiu de Passos, mas a ideia de levar Figueiredo à estatal seria da presidente Dilma Rousseff, que teria ficado contrariada com a decisão do Senado de não reconduzir Figueiredo à direção na ANTT.

Conversa afiada

Alvaro Dias (PSDB-PR), senador e integrante da CPMI do Cachoeira, fala sobre o bate-boca entre o deputado Silvio Costa (PTB-PE) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) na última quinta-feira.

Em uma semana, tivemos duas discussões acaloradas entre integrantes da CPMI. O que explica isso?

Existe só uma motivação, que é atrair holofotes. Se a TV não veicular as imagens no jornal à noite, isso acaba.

O que o senhor achou da intervenção do senador Pedro Taques?

Eu já havia feito aquela intervenção, mas ao ouvido do presidente da CPI, que já ia encerrar a sessão. Porque definimos que, quando houvesse a negativa de falar, o depoente seria liberado. Os criminosos presos que preferiram ficar em silêncio foram liberados e o senador [Demóstenes Torres] estava sendo exposto a um achincalhe.

Com o depoimento dos governadores na semana pós-feriado, a CPI ganha novo fôlego?

Fôlego a CPI está tendo demais, nunca vi se aprovar tanta quebra de sigilo e tanta convocação de depoentes. A CPI tem produzido e já surte efeitos. A J&F desistiu da compra da Delta por causa da quebra dos sigilos da empreiteira, autorizado pela CPI.

Pinga-fogo

"Não acho que sou musa. Tá todo mundo míope."

Andressa Mendonça, mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, sobre o título de musa da CPMI que leva o nome do seu marido.