Ao discursar na festa do Dia do Trabalho da Força Sindical neste sábado (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer que o seu sucessor "terá que fazer mais", quando assumir o Palácio do Planalto e ainda brincou com a multidão: "Vocês sabem quem eu quero (que seja o sucessor)."
Lula discursou para cerca de 450 mil trabalhadores. Ao lado da pré-candidata do PT à sua sucessão, Dilma Rousseff, ele comemorou a popularidade do seu governo. "Duvido que em qualquer lugar do mundo um presidente vá, após sete anos, a um evento dos trabalhadores", afirmou. "Quando deixar a Presidência, vou mandar registrar em cartório tudo o que fiz. Para que quem vier depois de mim, e vocês sabem quem eu quero, faça mais", complementou.
Lula também lembrou o fato de o Brasil não ser mais dependente dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Ganhei as eleições e mandei o FMI embora. O Brasil agora empresta dinheiro ao FMI", discursou. "O Brasil que era conhecido pelo futebol, carnaval e um monte de meninos, hoje é um exemplo de controle financeiro", finalizou.
'A hora e a vez de uma mulher'Além de Lula e Dilma, a festa da Força Sindical recebeu autoridades do governo e da base aliada. Um dos primeiros a discursar na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte paulista, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não economizou nos elogios à Dilma e chegou a dizer, em tom eleitoral, que era "a hora e a vez de uma mulher".
"Temos que nos curvar a mulher. A mulher que tem dupla jornada. Por isso, Dilma, curvo-me humildemente. Essa é a hora e a vez de uma mulher. Essa mulher que foi a principal coordenadora dos projetos do presidente Lula", discursou o ministro do Trabalho.
Acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia, o presidente Lula subiu ao palco da festa da Força Sindical por volta de 11h30. Ele acenou para a multidão e chegou a colocar o boné da central sindical. Principal nome para ocupar o posto de vice na chapa de Dilma, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), fez um discurso em que exaltou o aumento do salário e do poder de compra dos trabalhadores.
Dilma acompanhou ao lado de Lula e de Marisa os discursos. Pré-candidato ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), fez um discurso de críticas aos problemas de gestão no estado e pregou uma mudança de postura no governo: "São Paulo tem que mudar. Não é possível os problemas no trânsito, no metrô, no trem, a violência e a forma como os professores são tratados."
A festa da Força Sindical começou por volta das 7h e deve se estender até o começo da noite. A previsão é de que cerca de 1,5 milhão de pessoas compareça ao evento que, pela primeira vez, teve a participação do presidente Lula. Ainda neste sábado, a comitiva presidencial deve participar da festa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que ocorre no Memorial da América Latina, e da festa da conjunta das centrais UGT, Nova Central e CTB, na Avenida Marquês de São Vicente.
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