Uma comitiva assim a selva jamais viu. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, de uniforme militar, levou consigo a mulher, Adrianne Sena, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Machado, cinco ministros do Superior Tribunal de Justica (STJ), comandantes das três forças, militares e jornalistas para ver de perto a situação dos batalhões de fronteira, Região Amazônica, responsáveis por vigiar pontos estratégicos brasileiros.
Jobim ouviu pedidos para reequipamento das Forças Armadas e criticou, como fizera na véspera a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a atuação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A queixa é de que a Funasa, órgão do Ministério da Saúde, deveria cuidar da saúde nesses locais, mas deixa a cargo do Exército a tarefa.
- O trabalho no hospital de Tabatinga é totalmente coberto pelo Exército. Há necessidade de uma presença clara da Funasa. Observem bem: a informação do médico de São Gabriel da Cachoeira é que tivemos uma emergência de malária na região decorrente da falta de pulverização que deveria ter sido realizada pela Funasa - disse Jobim.
No sábado, a Funasa - feudo do PMDB no governo - tinha sido alvo de críticas. Ao comentar que o presidente Lula lançou recentemente em São Gabriel da Cachoeira o PAC da Funasa, que pretende investir R$4 bilhões para melhorar as condições de vida dos indígenas e dos quilombolas, o governador Eduardo Braga sugeriu:
- Se quiser fazer o PAC da Funasa aqui, que faça com o Exército, não com a Funasa.
- A Funasa não faz nem ao lado da casa dela, vai fazer aqui? - completou Dilma.
A assessoria de imprensa da Funasa foi procurada, mas não deu retorno às ligações.
Jobim defendeu um projeto de desenvolvimento sustentável para a Amazônia e disse que o Plano Estratégico da Defesa, que será entregue a Lula em 7 de setembro de 2008, irá abordar diversas questões, não apenas militares. O ministro vinculou a aprovação da CPMF à garantia de recursos para a região.
- Se não for aprovada a CPMF, o que não acredito, teremos problemas. A retirada de recursos da CPMF terá de sair do Orçamento ou do aumento de impostos. A aprovação da CPMF é uma questão amazônica.
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