Pesquisa Datafolha divulgada ontem pelo jornal Folha de S. Paulo sobre as eleições em Curitiba mostrou, pela primeira vez desde julho, o prefeito Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, abaixo dos 70% das intenções de voto. Nesse levantamento, o tucano apareceu com 68%. Anteriormente, tinha 72%.
O porcentual de votos que Richa perdeu, segundo Mauro Paulino, diretor do Datafolha, teria sido assimilado por Gleisi Hoffmann, candidata do PT à prefeitura de Curitiba, que cresceu cinco pontos porcentuais, subindo de 15% para 20%. Mesmo com esses novos números, a disputa ainda não iria para o segundo turno.
De acordo com Paulino, a análise de que Gleisi atraiu votos de Richa é feita com base no fato de que o tucano, até agora, não havia ficado abaixo dos 70%. Essa melhoria nas pesquisas levou os petistas a se animarem, o que motivou a militância a pedir votos até o último momento.
"Sentíamos nas ruas que havia, e há, mais gente conosco. Para quem achava que não tinha campanha, enganou-se. E os institutos de pesquisa começam a se curvar à realidade. Gleisi tem uma grande votação e reais chances de ir ao segundo turno", afirmou o vereador André Passos, coordenador da campanha petista.
Segundo Passos, quem achava que o PT havia desanimado, se surpreenderá. De acordo com ele, o fato de ontem o partido não ter divulgado a agenda de Gleisi em sua página na internet, foi apenas uma estratégia. "É que o Beto Richa ficava sabendo de nossa agenda e ia, 30 minutos antes, aos mesmos lugares. Por isso, decidimos não revelar para que ele não copiasse", explicou o coordenador petista.
Enquanto os petistas se animam, os tucanos permanecem comemorando a vitória no primeiro turno. "Desde o início da campanha trabalhamos com toda a motivação para vencer no primeiro turno", disse Richa. Os tucanos, para tentar inibir a empolgação petista, tem focado na rejeição de Gleisi, que está em 29% enquanto a de Richa está em 8%.
Além de Gleisi, o candidato do PMDB também cresceu nesse último levantamento. Ele foi de 1% para 2%. Fábio Camargo (PTB), Bruno Meirinho (PSOL) e Ricardo Gomyde (PCdoB) têm 1% cada. Maurício Furtado (PV) não chegou a 1% e Lauro Rodrigues (PTdoB) sequer foi citado. Os votos brancos e nulos somam 5% e os indecisos, 8%. Em um possível segundo turno, o candidato à reeleição ficaria com 71% contra 23% da petista.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
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