Contra a miséria
Presidente lança slogan
Dilma Rousseff aproveitou o pronunciamento na tevê para lançar o slogan de seu governo. "País rico é país sem pobreza" irá substituir a marca do governo de Lula, "Um país de todos". A intenção é reforçar a ideia de que erradicar a miséria e combater a pobreza são prioridades da gestão atual. Dilma encomendou há cerca de três semanas o slogan ao publicitário de sua campanha presidencial, João Santana. Ela pediu uma marca que criasse um "chamamento" sobre o combate à miséria. De acordo com a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, o slogan foi uma "doação" e não custará nada ao governo.
Com o mote do início do ano letivo, a presidente Dilma Rousseff fez na noite de ontem seu primeiro pronunciamento em rede de tevê e rádio e anunciou a criação, ainda no primeiro trimestre, do Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec) uma espécie de ProUni do ensino técnico, por meio do qual as escolas privadas pagarão menos impostos e, em contrapartida, terão de ofertar bolsas gratuitas a alunos pobres. Dilma também prometeu acelerar da implantação do Plano Nacional de Banda Larga, para ampliar o acesso à internet veloz nas escolas públicas. Ela ainda assegurou que o preço da banda larga será menor para aumentar o acesso da população de baixa renda. A presidente ainda afirmou que o governo está agindo para corrigir falhas no Enem e no Sisu.
Dilma não deixou de embutir no pronunciamento uma crítica à progressão continuada, política educacional do estado de São Paulo levada adiante pelo governo tucano de seu adversário nas eleições de 2010, o ex-governador José Serra. "[É preciso] acabar com esta trágica ilusão de ver aluno passar de ano sem aprender quase nada", afirmou a presidente.
Na fala, gravada na manhã da última terça-feira no Palácio da Alvorada, Dilma reafirmou seu "compromisso com a educação". Usou um tom ufanista para dizer que se vive um momento em que "o Brasil se eleva, com vigor, a um novo patamar de nação".
A presidente estendeu a responsabilidade de melhorar a educação a "cada pai, cada aluno, cada professor, cada prefeito, cada governador, cada empresário, cada trabalhador" que, segundo ela, devem "tomar para si a tarefa de acompanhar, discutir, cobrar, propor e construir novos caminhos para nossa educação" e usou um tom mais emotivo do que o costumeiro.
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