Atualizado em 29/12/2006 às 19h24
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu por cerca de quatro horas com nove ministros da área social nesta sexta-feira e cobrou a ampliação dos programas sociais. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, Lula também determinou que haja maior integração entre os ministérios para o desenvolvimento desses programas e aumento da interlocução com a sociedade e os movimentos sociais. Em janeiro, o presidente vai fazer reuniões individuais com cada um dos ministros, começando com um encontro com o ministro da Educação, previsto para a primeira semana.
- Aprofundar a agenda social, fortalecer e expandir os programas já consolidados e integrá-los numa política social comum. A idéia é que nós apresentemos a ele uma agenda abrangente e extensa de um plano de trabalho para o próximo mandato - disse Haddad, após o encontro.
Para exemplificar como é possível ampliar os programas sociais, Haddad citou o ProUni. Ele disse que no segundo semestre de 2007 o programa oferecerá 150 mil bolsas para estudantes carentes. A meta é chegar a 500 mil em quatro anos. Esse número, segundo o ministro, poderá chegar a 700 mil em quatro anos se o governo usar os recursos do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) para financiar a totalidade das bolsas parciais, que hoje representam 1/3 do ProUni. Segundo ele, a demanda pelo Fies caiu de 200 mil para 100 mil ao ano.
- Os desafios do governo são a melhoria da distribuição de renda e a qualidade da educação - disse Haddad.
Perguntado se houve discussão sobre ampliação ou aumento do valor do benefício do Bolsa Família, o ministro da educação afirmou que esses assuntos não foram tratados na reunião. A questão deverá ser tratada na reunião com o ministro da área, no caso, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social.
Na reunião, o presidente anunciou que decidiu colocar um representante dos ministérios da área social na Câmara de Política Econômica e um da área econômica na Câmara de Política Social, que será retomada.
- Com isso, o presidente espera reforçar o elo entre a agenda econômica e as políticas sociais - disse Haddad.