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O Palácio do Planalto se prepara para uma crise anunciada com o Congresso, com perspectiva de derrota política para o governo, na terceira semana de agosto, quando deverão ser derrubados vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff em julho em leis aprovadas pelos parlamentares. Nas contas do governo e dos parlamentares, pelo menos dois vetos têm unanimidade para serem derrubados: o que protegia as receitas de estados e municípios de reduções de impostos por conta das desonerações tributárias promovidas pela União na nova lei do Fundo de Participação dos Estados (FPE); e o que permite aos taxistas passar suas licenças a familiares. O veto aos taxistas irritou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que tomou a proposta como bandeira. Os parlamentares avaliam que a presidente Dilma não percebeu o posicionamento do Congresso de adotar, a partir de agora, uma sessão mensal para a apreciação dos vetos presidenciais. Renan "salvou" o governo ao cancelar quase 1.600 vetos antigos, colocando na geladeira os chamados vetos-bomba, como o que trata do fim do fator previdenciário. Mas avisou que, a partir de agora, todos os vetos serão votados pelo Congresso. Os que não forem votados 30 dias após a publicação passam a trancar a pauta.

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