O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou hoje que a Vale iniciará em setembro, na Zâmbia, o projeto de exploração de cobre, estimado em US$ 400 milhões. Em discurso no encontro com o presidente da Zâmbia, Rupiah Bwezani Banda, Lula disse que a meta é explorar 50 mil toneladas de cobre por ano e gerar 1.500 empregos diretos. Lula também voltou a criticar a posição dos países desenvolvidos e de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial na crise financeira internacional. Ele disse que o FMI ficou em silêncio e o Banco Mundial, mudo. Segundo Lula, não foram tomadas decisões concretas para dar garantias de que a crise terminou.
"A crise poderia ser tratada como se fosse coisa do passado, se os países ricos colocassem em prática medidas discutidas no G-20", disse Lula, referindo-se ao grupo das 20 maiores economias do mundo. "O sistema financeiro não está controlado, paraísos fiscais ainda existem e ainda não há crédito para atender o comercio internacional", completou. Lula disse que ainda vale a regra de que só países pobres têm de pagar por suas contas.
O presidente também reafirmou o interesse do governo brasileiro de se aproximar da África. Lula destacou que a fé que tem no desenvolvimento de oportunidades de negócios em países como a Zâmbia é maior que a dos próprios africanos. "Nós acreditamos na África mais do que os próprios africanos. Falo isso de coração", afirmou.
Ele reclamou ainda dos Estados Unidos, citando a disputa no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre o algodão. "Nós ganhamos, mas entre a gente ganhar e eles cumprirem, o governo brasileiro precisou fazer medida provisória com retaliações a produtos americanos, para que eles descobrissem que nós não estávamos brincando", disse.
Sobre a possibilidade de assumir um cargo no Banco Mundial ou no FMI quando deixar o governo, Lula respondeu a um jornalista da Zâmbia que esses rumores não passavam de boatos. "Eu não sou banqueiro e não sei quem plantou essa notícia", disse o presidente. Lula segue hoje para Johannesburgo, na África do Sul onde participará de cerimônia de início da jornada da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.
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