No mandado que determina a prisão do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), o juiz Sergio Moro destaca a influência política do ex-parlamentar ter sido utilizada para a prática de crimes. Segundo Moro, a prisão se justifica pelo risco à ordem pública mesmo que Argello tenha perdido o mandato no final de 2014, já que não foi reeleito.
Nova fase da Lava Jato ataca blindagem de empreiteiras em CPIs da Petrobras e prende ex-senador
Ex-senador Gim Argello (PTB-DF) teria recebido propina para evitar que empresários tivessem de prestar depoimento em Brasília.
Leia a matéria completa“E, mesmo sem mandato, não se pode dizer que não tem mais influência ou poder político, considerando sua permanência nas estruturas partidárias e seu histórico de mandatos desde 1998”, considera Moro.
Para o juiz, é “inaceitável que agentes políticos em relação aos quais existam graves indícios de envolvimento em crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro permaneçam na vida pública sem consequências”.
Moro destaca, ainda, que a prática de corrupção é prejudicial à democracia, já que políticos desonestos têm condições de contar com recursos criminosos e, de acordo com o juiz, “dinheiro é poder e o domínio político é competitivo”.
“Se não houver reação institucional, há risco concreto do progressivo predomínio dos criminosos nas instituições públicas, com o comprometimento do próprio sistema democrático”, alega Moro.
O magistrado também lamenta a necessidade de o Poder Judiciário intervir em casos de corrupção de políticos. “O correto seria que as próprias instituições políticas ou as próprias estruturas partidárias resolvessem essas questões. Não sendo este o caso, necessária infelizmente a intervenção do Poder Judiciário para poupar a sociedade do risco oferecido pela perpetuação na vida pública do agente político criminoso, máxime quando há possibilidade de que este volte, em futura eleição, a assumir mandato parlamentar. Nada pior para a democracia do que um político desonesto”, diz Moro.
Brasil está mais perto de “estocar vento” (e sol): primeiro leilão é esperado para 2025
Fim do marxismo nas escolas? Os planos de Trump para erradicar a agenda woke dos EUA
A Califórnia está abandonando a esquerda
De universidade sem energia a imposto sobre painel solar, governo deixa brasileiros no escuro
Deixe sua opinião