Candidatos que concorrem pela primeira vez ou que não se relacionam com grupos políticos reclamam que irão amanhã às urnas com pouca visibilidade. Eles dizem ter sido vítimas da censura do partido, que teria destinado menos tempo da propaganda em rádio e tevê aos nomes menos expressivos.
O candidato Leonardo Tibes (PR), da coligação Curitiba O Trabalho Continua, diz que perdeu espaço na propaganda eleitoral gratuita para os outros candidatos e, por causa disso, surgiram boatos de que tinha desistido da campanha. "Inúmeros são os telefonemas e abordagens me questionando a respeito", afirma.
Mas não só os jovens estão insatisfeitos. A candidata Dona Daura (PT), 70 anos, achou que o tempo da propaganda eleitoral foi mal dividido e que privilegiou quem já tem mandato. "Assim é muito difícil ser eleita", diz.
Para o candidato Peninha (PPS), o problema é com a coligação. Ele questiona por que os candidatos do PPS têm nove segundos, enquanto os candidatos do PSDB, da mesma coligação, estão com 15 segundos.
O presidente estadual do PR, Fernando Lucio Giacobo, explica que é a coligação que determina o espaço de cada candidato e que o estatuto do partido prega a igualdade para todos. Já a coordenação da campanha da coligação Curitiba O Trabalho Continua sustenta que a decisão de ocupar o horário foi do próprio partido e não da coligação.
O responsável pela campanha do PT, André Passos, disse que o partido apostou em programa institucional, explicando as funções da Câmara Municipal. Segundo ele, a cada quatro programas, todos os candidatos tinham que aparecer. A reportagem não conseguiu contato com o presidente do PPS, Rubens Bueno.
A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) explicou que o tempo de cada candidato na propaganda eleitoral foi definido pelo partido e que a Justiça Eleitoral só definiu o tempo total do programa.
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