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José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil condenado a 10 anos e 11 meses de prisão no julgamento do mensalão | Maurício Lima/AFP
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil condenado a 10 anos e 11 meses de prisão no julgamento do mensalão| Foto: Maurício Lima/AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou falar sobre a previsão para o início do cumprimento de pena dos condenados no julgamento do mensalão. Em entrevista à imprensa estrangeira, o ministro Joaquim Barbosa chegou a prever que até dia 1.º de julho todas as ordens de prisão serão cumpridas.

Ontem, logo depois de discursar para membros do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza, Lula afirmou que não daria palpite nas decisões da corte. "Não dou palpite sobre a Suprema Corte, o que decidiu está decidido, e acabou. Posso concordar ou não, mas jamais darei palpite, até porque fui presidente e muitos deles [ministros] foram escolhidos por mim. Portanto, não dou palpite", afirmou.

Na quinta-feira à noite, durante seminário pelos 10 anos do PT no governo, Lula foi contundente em seu discurso, e disse que "quem errou, tem que ser punido", embora sem referência direta ao escândalo do mensalão. No diretório nacional, ele também não citou nomes.

Dirceu

O ex-ministro José Dirceu seguiu na mesma linha de Lula e resolveu não comentar a previsão de Barbosa. Ao chegar ao hotel onde foi realizado o encontro do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza, Dirceu foi categórico: "Deus me livre! Nem pensar em comentar uma coisa dessas", disse. O ex-ministro da Casa Civil foi condenado a 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Apesar do silêncio de Lula e Dirceu, a declaração do presidente do STF criou um mal-estar no encontro dos petistas.

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