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Bem humorado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso evitou, mais uma vez, falar sobre a possível antecipação de seu voto no julgamento do mensalão. Peluso é o primeiro a votar na quarta-feira (29), mas já se aposenta na próxima segunda-feira (3), quando completa 70 anos, idade limite para o exercício do cargo. Assim, ele terá tempo para votar sobre os desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, mas não para julgar o restante da ação.

Uma das soluções cogitadas foi a de que ele antecipasse todo seu voto, antes mesmo de os ministros relator, Joaquim Barbosa, e revisor, Ricardo Lewandowski, se pronunciassem. "Não estraguem a surpresa - disse Peluso nesta terça (28), em tom de brincadeira, ao ser questionado por jornalistas como seria seu voto.

Peluso foi homenageado nesta terça-feira pelos colegas na Segunda Turma do STF, da qual participou pela última vez.

O ministro Marco Aurélio Mello, que se opõe à antecipação do voto integral de Peluso, voltou a criticar essa possibilidade nesta terça. "É inconcebível. Me perguntaram por que o regimento não prevê que um integrante há de aguardar voto de relator e revisor. Porque essa antecipação ao relator e revisor é impensável. Contraria a ordem natural das coisas, cuja força é insuplantável."

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