O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (6), em entrevista ao jornal "Diário do Pará", que "não existe a política de enfiar goela abaixo" a construção da hidrelétrica de Belo Monte. De acordo com o presidente, a construção faz parte do um plano de expansão de energia nacional. A estimativa é de que as obras criem cerca de 18.600 empregos diretos.
"Além do mais, o consórcio vencedor vai investir na área nada menos que R$ 3,3 bilhões em obras de compensação ambiental e social e em ações de fomento ao desenvolvimento regional. Isso representa mais de 17% do valor total do empreendimento. Por todos os cuidados que estamos tendo, não existe a política de enfiar o projeto goela abaixo de ninguém", afirmou o presidente.
De acordo com Lula, os municípios que terão áreas afetadas pelo reservatório vão receber R$ 88 milhões por ano de compensação financeira. O estado do Pará também receberá a mesma quantia anualmente. Tudo ficou definido, segundo o petista, após análises de uma série de audiências realizadas entre os anos de 2007 e 2009 com a comunidade envolvida. "Tanto a construção de hidrelétricas, como Belo Monte, quanto ao aumento da eficiência energética ou redução do desperdício-, são considerados no plano de expansão de energia nacional, que prevê a obtenção de cerca de 60 mil MW nos próximos dez anos.
Tanto a construção de hidrelétricas, como a Belo Monte, quanto o aumento da eficiência energética - ou redução do desperdício-, são considerados no plano de expansão de energia nacional, que prevê obtenção de cerca de 60 mil MW nos próximos dez anos. O presidente ainda afirmou que, só em impostos, durante a obra, a estimativa de captação é de R$ 121 milhões. Após a conclusão dos trabalhos, a expectativa é de arrecadação chega a R$ 203 milhões só em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Lula também foi questionado sobre os planos para a implementação de uma base da marina no norte do país. Segundo o presidente, o local onde a estrutura será instalada, se na região Norte ou Nordeste, ainda está sendo analisada. "O que vai determinar a localização é a viabilidade técnica", afirmou.
No Pará, para o lançamento do Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil, Lula garantiu que o projeto tem o objetivo de dar um grande impulso à produção. "O óleo que se extrai da palma tem várias outras utilidades, como por exemplo, entrar em produtos de higiene e limpeza, lubrificantes e na produção de biocombustíveis", afirmou o presidente.
" O programa prevê, entre várias outras medidas, crédito para os agricultores em condições favoráveis, oferta de assistência técnica e investimentos em pesquisa e inovação. Esse programa que estamos lançando hoje em Tomé-Açu pode representar a redenção para a economia de muitas regiões degradas e para um número expressivo de agricultores ", disse Lula
Serra Pelada
O retorno dos trabalhos no garimpo, fechado há 20 anos, não pode ser anunciado pelo próprio presidente. O motivo forma alguns atrasos no acordo que selou a parceria entre a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e a empresa canadense Colossus, que só foi fechado na última terça-feira à noite, O anúncio será feito amanhã (7), pelo ministro das Minas e Energia, Márcio Zimmermann. No encontro, será assinada também a Portaria de Lavra, para a exploração mecanizada de uma área de 100 hectares.
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