A Justiça Federal do Paraná divulgou nota rebatendo a acusação de que houve "vazamento" dos depoimentos dos delatores do esquema de corrupção apontado na Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. O texto lembra que os depoimentos são relativos a uma das dez ações penais do caso, deflagrado com a Operação Lava Jato da Polícia Federal, na qual ambos foram presos. "Referidas ações penais não tramitam em segredo de Justiça e, portanto, estão sujeitas ao princípio da publicidade", afirma a nota.
A presidente Dilma Rousseff havia criticado em entrevista nesta sexta (10) a divulgação dos depoimentos. "O que eu considero incorreto é divulgar parcialmente num momento eleitoral", disse Dilma.
Diversos petistas, inclusive o presidente da sigla, Rui Falcão, criticaram o que chamaram de vazamento com interesses eleitoreiros --uma vez que ambos os delatores comprometem o PT, o PMDB, o PP, todos partidos aliados de Dilma, e indicam o uso do dinheiro desviado de contratos das estatais para a campanha eleitoral de 2010.
Como lembra a nota da Justiça Federal, os depoimentos relativos à delação premiada de Costa e Youssef permanecem sob sigilo e não têm a ver, apesar de tratarem do mesmo tema, com as declarações disponibilizadas na internet na quinta-feira (9). "O compromisso da Justiça Federal do Paraná é exclusivamente em relação à celeridade e à efetividade do processo", encerra a nota.
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