O delegado federal Protógenes Queiroz, criador da Operação Satiagraha, disse que é "uma farsa" o grampo do qual teriam sido vítimas o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

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"Não houve grampo", disse o delegado, na segunda-feira à noite, no programa Roda Viva, da TV Cultura. "É um escândalo fabricado sem precedentes na história do País envolvendo duas pessoas importantes da República.

Protógenes supõe que a divulgação de conversa entre o ministro e o senador tinha o objetivo de "abafar, desviar o foco do banqueiro bandido Daniel Dantas".

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O grampo foi tornado público cerca de um mês depois da prisão de Dantas, sócio-fundador do Grupo Opportunity, em 8 de julho. "Esse áudio nunca apareceu. Fica difícil afirmar que houve interceptação sob ponto de vista legal ou ilegal. Não digo que o senador e o ministro participaram do teatro, mas órgãos de imprensa fabricaram." Ele repetiu que não será candidato a cargo político. "Sou candidato a carcereiro do banqueiro bandido."