O presidente da República em exercício, Michel Temer, afirmou na manhã desta quinta-feira (9), durante uma visita ao ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) em Dourados, que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu mandato. Questionado sobre até quando o PMDB conseguirá segurar a presidente na cadeira, Temer foi enfático.
“Não precisa segurar a presidente Dilma, ela não cai. Tem capacidade de trabalho e somos aliados. Naturalmente colaboramos com o país”, afirmou Temer. A discussão sobre o impeachment da presidente voltou a ficar forte depois de o TCU ter questionado as “pedaladas fiscais” de sua primeira gestão. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada na terça-feira, Dilma afirmou: “Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política”.
Durante a entrevista coletiva, Temer também falou sobre o indiciamento do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber propina na construtora Mendes Júnior, usada para pagar a pensão alimentícia de uma filha que teve fora do casamento. De acordo com os procuradores, Calheiros pagava pela propina com emendas parlamentares que favoreciam a empresa. Para Temer, o fato é um processo normal e que será melhor analisado após julgamento. “Esse é um processo que está se seguindo e as causas serão examinadas. Quando se tem aquilo julgado e condenado é outra história. Agora ele tem direito a ampla defesa e não devemos nos preocupar com a situação”, disse.
Após conhecer as instalações do Sisfron, Temer sobrevoou parte da região de fronteira com o Paraguai antes de embarcar de para São Paulo, onde cumpre agenda, segundo a sua assessoria.
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