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Em meio às divergências internas na aliança entre o PSB do governador de Pernambuco e possível candidato à Presidência, Eduardo Campos, e a Rede da ex-senadora Marina Silva, Campos afirmou neste domingo (15) que "não precisamos ficar dando explicação um ao outro sobre posição que tomamos".

Adotando tom semelhante, Marina defendeu "construir a unidade na diversidade" e disse que não há pretensão de "eliminar as diferenças".

Os dois grupos têm enfrentado dificuldades na formação de alianças nos Estados, nos quais o PSB de Campos flerta com o apoio a candidatos do PSDB, enquanto a Rede defende candidaturas próprias.

Em outubro, após ter o registro partidário negado pela Justiça Eleitoral, a Rede decidiu se filiar ao PSB e apoiar Campos em 2014. A aliança, porém, afastou representantes do agronegócio com os quais o PSB estava dialogando e forçou a rediscussão de alianças nos Estados.

Campos e Marina discursaram neste domingo na abertura do primeiro "seminário programático" da Rede, em Brasília.

O pernambucano afirmou que, após o "espanto" da aliança com Marina, os adversários estão "todos os dias" tentando "desmanchar o que eles [Eduardo e Marina] fizeram".

"Nossa tarefa aqui é discutir o conteúdo do que nos une. Com a caminhada de vida de todos nós aqui, não precisamos um ficar dando explicação ao outro sobre posição que tomamos, porque sempre estivemos de uma forma ou de outra ao lado dessas causas, comprometidos com mudanças, com a emancipação do povo brasileiro", discursou Campos.

Em uma de suas mais enfáticas falas sobre 2014, o pernambucano disse que "estamos aqui discutindo um programa, para depois discutir um programa político, para depois ganhar as eleições e fazer o que muitos podiam ter feito e não fizeram".

"Nós vamos com esse conteúdo debatido andar no Brasil inteiro juntos, eu não tenho dúvida disso. Ao conversarmos com mais de 20 Estados, já percebemos claramente que as coisas estão indo com grande tranquilidade e vamos ter capacidade política para andarmos juntos nos 27 Estados do Brasil", afirmou o governador, que é presidente nacional do PSB.

A Folha de S.Paulo mostrou neste domingo, porém, que dirigentes da Rede já admitem apoiar, em alguns Estados, candidatos diferentes dos apoiados pelo PSB - em São Paulo, por exemplo, a Rede resiste em se aliar pela reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin.

Em seu discursos, Marina afirmou que "não há uma verdade absoluta na Rede" e ressaltou que a candidatura que continua posta é a de Campos.

"Vão querer fazer todo esforço para que façamos a repetição dos mesmos erros, porque assim seremos todos iguais, falando as mesmas coisas, agindo do mesmo jeito, com as mesmas propostas e inclusive com as mesmas práticas que não estão sendo aceitas pela sociedade", disse a ex-senadora.

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