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Apesar do crescente tom crítico que tem adotado em relação ao governo federal, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse na manhã de hoje que não pretende transformar a corrida ao Palácio do Planalto em um "ringue".

Campos se reuniu nesta manhã em Brasília novamente com a ex-senadora Marina Silva, com quem forma desde o dia 5 uma "terceira via" na disputa pela sucessão de Dilma Rousseff. "Se depender de nós, não vamos fazer do debate do Brasil um ringue, não vamos fazer isso. Não é o meu nem o jeito de Marina de fazer política", disse Campos após o encontro com a ex-senadora.

Apesar das declarações, tanto Marina quanto Campos têm elevado o tom das críticas a Dilma desde a formalização da aliança, principalmente na área econômica, o que levou a presidente a responder em entrevistas e no microblog Twitter.

O encontro fechado entre o governador e a ex-senadora ocorreu na sede nacional do PSB, na região central de Brasília, e contou com a presença de dirigentes do partido de Campos e da Rede, legenda de Marina ainda não aprovado pela Justiça Eleitoral.

Em seus discursos, os dois afirmaram aos aliados, segundo relatos, que é preciso evitar "cascas de banana" que, segundo eles, estão sendo lançadas para tentar minar a aliança.

Uma delas, na visão de Marina, seria a discussão sobre quem ocupará a cabeça de chapa da aliança em 2014. O PSB não admite que Campos abra mão da candidatura em prol de Marina, que diz apoiar o governador, mas tem se recusado a descartar publicamente, de forma clara, a pretensão de disputar a Presidência.

Ainda no encontro, Marina afirmou aos integrantes do PSB e da Rede que a coalizão não pode ser "cúmplice" ou "massa de manobra" de aliados de Dilma que pretendem negociar o apoio ao governo em troca da ampliação do espaço e de benefícios na Esplanada.

Com isso, a orientação dada é que os dois partidos não assumam papel de oposição ao governo no Congresso, diretriz que Campos confirmou na entrevista dada após o encontro.

Segundo ele, a ordem é que os dois partidos "pulem fora do jogo bruto que muitas vezes alguns aliados fazem com o governo". Marina não quis dar entrevistas após o encontro, apenas afirmando que a reunião foi muito positiva.

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