| Foto: EVARISTO SA/AFP

O presidente interino Michel Temer (PMDB) disse que não vai “fazer milagres” em dois anos, tempo que ficará no cargo até as próximas eleições caso a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) sofra um impeachment.

CARREGANDO :)

Em entrevista à revista “Época” nesta sexta-feira (13), Temer também afirmou que ainda não “caiu a ficha” de que ele assumiu a Presidência nesta quinta, e que pretende trabalhar para “botar o país nos trilhos”, em referência à crise econômica e política que o Brasil atravessa.

Publicidade
Veja também
  • Preso, Bertoldi quer assumir vaga do agora ministro Ricardo Barros na Câmara
  • Novo governo diz que foto de Dilma será preservada nos estabelecimentos federais
  • Padilha diz que Temer tentou, mas não conseguiu indicar mulheres para os ministérios
  • Barros: “Não tenho expectativa de aumentar os recursos para a Saúde”

Por isso, as prioridades do novo governo serão recuperar a confiança do mercado na economia, tarefa sob responsabilidade do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e melhorar as relações entre o Planalto e o Congresso, estremecidas durante o governo Dilma.

“Fui presidente da Câmara por três vezes e sei bem o quanto é necessário ter diálogo com os parlamentares e manter o respeito pelas ideias diferentes. Não é fortuito que tantas lideranças partidárias estejam comprometidas com o ministério que foi montado,” afirmou à revista.

A maioria dos ministros escolhidos por Temer vem do Congresso. Das 23 pastas, 13 são comandadas por deputados e senadores, o que representa 57% da nova formação da Esplanada.

Outra prioridade do presidente interino é a reformulação do pacto federativo, tema que abordou em seu primeiro discurso oficial no cargo. O peemedebista afirma que há um desequilíbrio entre os tributos que vão para a União e o que é recebido por Estados e municípios.

Publicidade

“A partir da próxima semana, formaremos uma comissão que encontre soluções para recompor o pacto federativo, para que tenhamos uma verdadeira federação”, disse.

Ele também disse querer mudar a cultura política do país, resgatando o “valor sagrado” da Constituição.