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A oposição espera prolongar ao máximo a sessão de hoje da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara que ouvirá Antônio Palocci (Fazenda). A estratégia é derrotar o ministro por "nocaute técnico", com muitas e minuciosas questões sobre as denúncias contra o governo. Punho de aço – O próprio presidente da comissão, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), é um dos incentivadores da artilharia. "No Senado, o próprio ministro pareceu aflito para falar", diz ele. Licença para dirigir – Na semana decisiva para seu futuro político, José Dirceu comemorava ao menos uma vitória ontem. Passou no exame escrito para renovar a Carteira Nacional de Habilitação: de 30 questões, acertou 26. Ele tem pressa – O advogado de Dirceu (PT-SP), José Luiz Oliveira Lima, protocolou ação no STF quinta-feira em que aponta demora da Câmara em prestar informações pedidas pelo ministro Carlos Britto. No texto, alega que ele pode decidir sem os dados. Jurisprudência – A oposição usará o caso do ex-deputado André Luiz para tentar derrubar o item do relatório de Sérgio Miranda (PDT-MG) em que ele diz que a sessão de cassação de Dirceu não poderia ter sido marcada antes do julgamento de seu recurso à CCJ. Vapt-vupt – Pela estratégia, os oposicionistas lembrarão que o recurso de André Luiz (RJ) foi votado em uma tarde e, na mesma noite, sua cassação foi aprovada. Prato principal – O seminário promovido pelo PT no final de semana passado, com críticas à política econômica, foi só aperitivo. A direção nacional prepara um encontro para o primeiro quadrimestre de 2006, no qual irá "pactuar" o discurso da reeleição de Lula.

Cravo e ferradura – O sub-relator da CPI dos Correios Gustavo Fruet (PSDB-PR) solicitou aos técnicos da comissão relatórios sobre as ligações telefônicas dos senadores Aloízio Mercadante (PT- SP) e Eduardo Azeredo (PSDB- MG). Tucano ferido – Do petista, foram pedidos cruzamentos de ligações para Duda Mendonça e Delúbio Soares, que mostraram poucos telefonemas. Já Azeredo recebeu 53 chamadas de Marcos Valério entre 2001 e 2002. Freio-de-mão – A oposição na CPI quer saber quem proibiu técnicos de investigarem a conexão Delúbio–Angola. O questionamento será feito a Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da comissão. Pressão da base – A lógica regional ajudou o vento a virar a favor da derrubada da verticalização das alianças. Mesmo em partidos como o PFL, cuja cúpula sempre foi pró-manutenção, acabou predominando o anseio das lideranças nos estados por liberdade total nas coligações para 2006. Terceirização – As estrelas do PSDB não baterão em Lula com as próprias mãos no programa nacional do partido, nesta quinta. Seus depoimentos serão "construtivos", e o pau ficará por conta de um breve relato do noticiário. Máquinas paradas – Uma queda-de-braço entre José Serra e empreiteiros contratados pela antiga gestão petista pode atrasar a construção de novos CEUs na capital paulista. Após negociações frustradas, o tucano fará novas licitações. Segundo a prefeitura, os descontos oferecidos eram de apenas 1%.TIROTEIO

* Do senador José Jorge (PFL-PE) sobre o discurso em que Lula admitiu "erros de dosagem" na política econômica:

– Lula acusa a oposição, mas faz questão de aumentar o fogo sobre Antônio Palocci.

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