Não digo que ele jogava sujo, mas é algo típico da profissão dele, de mexer com dinheiro. Tem gente que não paga...
Descrito como “boy de luxo” por um amigo próximo, o doleiro Alberto Youssef gostava de exibir os bens que obteve – após uma infância e adolescência de classe média-baixa. “Ele gostava de coisa boa. Tinha carrão, apartamento bom. Ele era um empregado e amigo dos caras, não esse bandido que falam”, disse o colega, que pediu para não ser identificado.
José Artur Almeida, que trabalha no prédio onde Youssef começou a carreira de doleiro, diz que ele “não deixava passar oportunidades”. “Ele era pobre. Aqui ele começou a despontar. É um cara muito vivo. Muito vivo”, comenta.
No âmbito pessoal, Youssef foi fascinado por correr de motocross quando jovem – inclusive citou isso em seu primeiro acordo de delação premiada. Também sabe pilotar aviões, muito em função das malas de dinheiro que precisava carregar. Gosta de tomar café e coca-cola, segundo pessoas próximas. Não é de beber álcool. Mas preza pela boa vida. E é descrito como simpático e educado. Está sempre com um sorriso no rosto.
Ao mesmo tempo, dizem que é ganancioso e por vezes até violento. “Não digo que ele jogava sujo, mas é algo típico da profissão dele, de mexer com dinheiro. Tem gente que não paga...”, diz uma pessoa que foi ligada a ele, e que pediu sigilo do nome por segurança. Em uma explosão de raiva, teria ameaçado colocar um revólver na cabeça de uma alta autoridade do governo Jaime Lerner ao ser contrariado em seus interesses. “Quando ele ficava nervoso falava alto, todo mundo ouvia”, conta a
fonte.
“É a ganância que faz isso aí”, comentou uma pessoa que já trabalhou para ele. “Eles engordaram os olhos. É que nem abelha quando vê melado: morre engasgada”. (AA)
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