O governo do estado e o Ministério Público tiveram mais uma vitória na luta para manter 12 chefes do tráfico no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O ministro Paulo Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou liminar à defesa dos réus, que pedia o retorno imediato dos traficantes para o Rio.
A decisão de Gallotti surpreendeu os advogados, uma vez que o ministro já havia deferido liminar, em maio passado, em favor dos mesmos presos, em outro mandado de segurança semelhante.
Com a decisão, os 12 bandidos continuarão em Catanduvas até o julgamento do processo que tramita na 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Nele, o governo do estado pede a prorrogação, por mais um ano, do tempo de permanência dos 12 condenados no presídio federal.
Em maio, a 8ª Câmara Criminal concedera, por unanimidade, liminar para que os detentos permaneçam naquela penitenciária, até o julgamento do mérito do recurso, que pede a prorrogação, por mais um ano, do prazo para o retorno deles. Na ocasião, o governador Sérgio Cabral dissera que a decisão é uma vitória para o povo do Rio. Ele chegou a telefonar para a relatora do processo, desembargadora Maria Raimunda Azevedo, da turma da 8ª Câmara Criminal, para explicar a importância para o estado da manutenção dos presos em Catanduvas.
- É uma grande conquista para a nossa política de segurança e para o povo do Rio de Janeiro - dissera Cabral à época.
No mandado de segurança impetrado pelo governo do estado, a procuradora-geral Lúcia Léa Guimarães Tavares alegou a importância do isolamento desses traficantes para a segurança do Rio, às vésperas dos Jogos Pan-Americanos.
Bandidos foram transferidos após onda de atentados
Estão presos em Catanduvas os traficantes Isaías Costa Rodrigues, o Isaías do Borel; Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP; Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco; Márcio Cândido da Silva, o Porca Russa; Robson André da Silva, o Robinho Pinga; Ricardo Chaves, o Fu da Mineira; Cláudio José Fontarigo, o Claudinho da Mineira; Leonardo Marques da Silva, o Sapinho; Charles Silva Batista, o Charles do Lixão; Márcio José Guimarães, o Tchaca; Marcos Antônio Firmino, o My Thor; e Marcus Vinicius da Silva, o Lambari. Eles foram transferidos para o Paraná em janeiro do ano passado, depois de serem responsabilizados pelos atentados de 28 de dezembro no Rio, quando morreram 19 pessoas.
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