O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim desistiu da disputa pela presidência do PMDB. Em nota divulgada nesta terça (6), Jobim diz que sai da briga em razão da "opção objetiva" do governo nesta eleição. "Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", diz Jobim.

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Jobim disputaria o cargo contra o atual presidente do PMDB, Michel Temer, em convenção no próximo domingo (11). A crítica que Jobim faz ao governo decorreria do convite que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) na tarde de segunda (5) para assumir o ministério da Integração Nacional. O convite deve ser formalizado a Temer em encontro com Lula nesta tarde.

Até a noite de segunda, Jobim negava a intenção de recuar da intenção de disputar a presidência do PMDB. "Isso é mera especulação", disse. Aliados Temer, aliás, contestaram a chapa de Jobim e pediram sua impugnação alegando irregularidades. O ex-ministro do STF admitiu falhas, mas disse que o protesto era de "perdedor".

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Apoiado pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), a candidatura de Jobim enfraqueceu-se nos últimos dias com os apoios que alguns diretórios regionais deram a Temer. Jobim esperava que Lula pudesse ajudá-lo nesta reta final. Mas a postura do presidente de convidar Temer para uma reunião nesta tarde foi o balde de água fria nas pretensões do ex-ministro do Supremo.

Com a sua desistência, Temer, que está há seis anos no comando do PMDB, deve ser reeleito no próximo domingo para um mandato de mais dois anos à frente do partido.