Nenhuma empresa apresentou proposta na licitação da Companhia Paranaense de Energia (Copel) que previa a compra de uma aeronave no valor máximo de R$ 15,9 milhões. O pregão presencial estava marcado para a tarde desta quinta-feira (15), mas ninguém apareceu para fazer oferta.
O edital previa a compra de um turboélice com capacidade para oito passageiros (e mais dois tripulantes), ano 2012, que voasse a uma velocidade mínima de 450 km/h e oferecesse serviços de frigobar e sistema de entretenimento composto por aparelhos de CD e DVD e tela LCD de pelo menos 15 polegadas. O equipamento ainda deveria ter uma autonomia de voo de 1,5 mil quilômetros.
O pregão estava previsto para ocorrer no dia 5 de dezembro, mas foi suspenso. A principal polêmica sobre a compra da aeronave, é que um convênio com o governo do estado, possibilitaria o uso compartilhado do avião. Com isso, a oposição indica que o governador Beto Richa (PSDB) poderia fazer usufruir do meio de transporte, já que as aeronaves dos antecessores foram vendidas logo após Richa assumir o governo, no início do ano.
Por meio de nota, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) informou que ajuizou uma ação popular pedindo a suspensão da compra. Segundo ele, há irregularidade do convênio e direcionamento da licitação. Ação questiona a restrição do objeto da licitação e direcionamento para a contratação de uma empresa que seria responsável por fornecer a aeronave, treinamento de pessoal e manutenção. Consta na ação que apenas uma empresa estaria apta a cumprir as exigências previstas no edital.
A Copel deverá decidir se um novo edital será aberto.
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