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Aécio: posicionamento do PSB mostra fragilidade do governo | Marco André Lima/ Gazeta do Povo
Aécio: posicionamento do PSB mostra fragilidade do governo| Foto: Marco André Lima/ Gazeta do Povo

Depois de aparecer no programa do PSB exibido na quinta-feira em rede nacional de tevê fazendo críticas ao governo Dilma Rousseff, o governador Eduardo Campos (PE) recebeu ontem do senador Aécio Neves (PSDB-MG) as boas-vindas ao campo oposicionista.

"Eu dou as boas-vindas ao companheiro Eduardo Campos no campo oposicionista. É uma demonstração clara da fragilidade que vem passando o governo. Setores que eram governo e vêm para a oposição são muito bem- vindos", disse Aécio.

O tucano é o provável candidato a presidente pelo PSDB. Campos pode também concorrer à Presidência e desde já tenta se desgarrar do governo, embora seu partido ainda ocupe cargos na gestão Dilma.

No programa do PSB exibido na noite de quinta-feira, Campos fez críticas à gestão da presidente Dilma nas áreas econômica, social e também na questão federativa, que tem sido marca do discurso de Aécio.

O tucano critica a alta concentração de recursos nas mãos da União, o que deixa estados e municípios com pouca autonomia financeira e mais dependentes dos investimentos federais. No campo político, esse discurso agrada aos prefeitos.

Aécio disse que não vê Campos como um concorrente, por mais que eles eventualmente tenham que se enfrentar em 2014. O senador disse a mesma coisa sobre a ex-ministra Marina Silva, que tenta viabilizar um novo partido (Rede Sustentabilidade) para se candidatar ao Planalto.

Segundo o tucano, a eventual candidatura de Marina também dará "pluralidade" e vai "enriquecer" o debate. "É muito bom para a democracia, independentemente de quem ganha e quem perde, [até] porque essas avaliações hoje são extemporâneas e subjetivas", disse.

Até recentemente, o PSDB, aliado ao DEM, era uma voz quase isolada na oposição. Agora, começa a ter que dividir as atenções, especialmente com Campos.

O tucano disse que vai estimular que outras candidaturas surjam, mesmo que para concorrer com o PSDB. "O governo e a presidente Dilma é que me parecem extremamente preocupados, talvez perplexos com o que vem acontecendo no Brasil", disse.

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