O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), garantiu que a integração do sistema de transporte coletivo da capital com as cidades da região metropolitana será retomada e estará concluída até o meio deste ano. O processo deve ser executado “paulatinamente”, a partir do dia 16 de janeiro, quando deve se realizar a assembleia que vai definir o novo presidente da Urbs (Urbanização Curitiba S/A), empresa de economia mista que administra a rede de transporte da capital. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (2), primeiro dia útil da nova gestão municipal, que teve direito a banda de música e hasteamento de bandeira na chegada de Greca à sede da prefeitura, no Centro Cívico.
Richa reafirma compromisso com a reintegração do transporte coletivo
Leia a matéria completa“A gente vai fazendo isso aos poucos, até que no horizonte de junho ou julho, a integração deva estar pronta”, disse o prefeito. Segundo o ele, a reintegração com a região metropolitana vai começar pela linha Colombo/CIC, que passa a operar no dia 17 de janeiro. Em seguida, deverão ser retomadas as linhas que ligam Almirante Tamandaré a terminais curitibanos e, na sequência, voltam a operar os ônibus que cobrem o trecho entre Araucária e a capital. “Vamos fazer os ônibus de Araucária voltarem para dentro do terminal da CIC. O comércio faliu ali, quando a desintegração aconteceu”, apontou Greca.
Me senti como o menino Jesus no presépio, e o Beto que nem o Baltazar, me trazendo uma ânfora de ouro. Fiquei muito feliz. Foi uma festa de reis.
Vias
O prefeito também demonstrou preocupação com a qualidade do asfalto de algumas vias de Curitiba, principalmente as que ligam a região central aos bairros. Em reunião com o vice, Eduardo Pimentel (PSDB), Greca determinou que se faça um levantamento da situação das ruas, para que se estabeleça um cronograma de recapagem.
“Eu pedi para que ele [Pimentel] reúna os engenheiros, para que vejamos quais são as piores ruas de Curitiba. Nós vamos começar pelas piores, vamos arrumando tudo, fazendo um pouco de cada vez, até que teremos feito o impossível”, disse Greca. Entre as vias que precisam de recuperação, ele destacou a Mateus Leme, a Rua 13 de Maio e Raul Pompeia.
“Menino Jesus”
Greca também comentou o anúncio do governador Beto Richa (PSDB), que disse que fará ainda em janeiro o repasse de R$ 60 milhões a Curitiba, como transferência de uma cota extra de ICMS a que a capital, por lei, teria direito. “Me senti como o menino Jesus no presépio, e o Beto que nem o Baltazar, me trazendo uma ânfora de ouro. Fiquei muito feliz. Foi uma festa de reis”, declarou.
Saúde
Greca adiantou que está costurando uma série de acordos, que devem implicar em novos aportes ao sistema de saúde para Curitiba. “Vem dinheiro para remédios, vem dinheiro para leitos, vem sustentabilidade para as UPAs [Unidades de Pronto-Atendimento], dentro de uma boa engenharia de saúde efetiva”, disse. “O acordo é de vir mais dinheiro para a saúde do que você pensa”, completou.
O prefeito garantiu, ainda, que até o fim de janeiro haverá uma solução para o Hospital Evangélico, que enfrenta uma crise sem precedentes em sua história. Além disso, o mandatário afirmou que pretende reestruturar o sistema de saúde, com base nas UPAS.
“A prioridade é o seguinte: a UPA passa a ter 50 leitos de UTI atrás de si e 200 leitos de retaguarda. Acaba aquela loucura de a enfermeira decidir quem vai morrer e quem não vai, quem usa a pulseirinha da vida e quem usa a pulseirinha da morte”, disse.
Dois dias após ter sido hospitalizado, Greca também falou de seu próprio estado de saúde. Garantiu que está bem e que, em breve, pretende visitar as UPAs de madrugada, para conferir como está o atendimento.
“Houve um quadro de emoção, apareceu uma enzima no exame de sangue que pode ser sinalizadora de um enfarto mascarado. Mas, como você vê, estou vivo, não enfartei e passo bem, para desespero dos meus inimigos”, disse.
Cerimônia
Antes de iniciar expediente, Greca foi recebido com música, pela banda da Guarda Municipal. Acompanhado de seu secretariado e de assessores, o prefeito participou de uma rápida solenidade em frente do prédio da prefeitura, onde hasteou a bandeira brasileira, ao som do Hino Nacional. Em seguida, disse que começa uma era de “trabalho e de esperança”. “A esperança é a última que não morre. Viva Curitiba”, bradou.
Por fim, Greca subiu a rampa que conduz à prefeitura acenando os presentes e, aparentando simpatia, cumprimentou funcionários do primeiro andar, desejando-lhes “feliz ano-novo”. Nos próximos dias, o prefeito deve fazer um “balanço” da prefeitura, nomear administradores regionais e se reunir com todos os secretários municipais.
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