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Brasília - "Nem tudo é a beleza da Sorbonne ou a maravilha de Londres", ironizava o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, referindo-se à agenda internacional do então presidente Fernando Henrique Cardoso. "Ele viajou ao exterior, em sete anos de mandato, 355 dias." Seis anos depois, a bordo do Airbus ACJ, que comprou por US$ 56,7 milhões, Lula continua batendo todos os recordes do antecessor em número de viagens ao exterior, países visitados e dias fora do país.

Em 2007 e 2008, o presidente dedicou 138 dias (quatro meses) à agenda externa. Um aumento de 68% em relação aos 82 dias que passou fora do Brasil em 2003 e 2004, no início do primeiro mandato.

Para os críticos, Lula fica tempo demais fora do País. "Em 2002, Lula fazia críticas a FHC, dizendo que não tinha de viajar tanto. Disse que, uma vez eleito, viajaria sim, mas pelo Brasil. Felizmente, ele mudou de ideia", ironiza o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), da Comissão de Relações Internacionais da Câmara.

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), também da comissão, avalia que o aumento no número de viagens do presidente Lula reforça uma política externa acertada. "Se o país tivesse, como tempos atrás, as suas exportações centradas no comércio com os Estados Unidos e a Comunidade Europeia, os reflexos da atual crise econômica mundial seriam muito piores."

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