A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu em seu discurso de posse no Congresso Nacional, que durou 40 minutos, uma reforma política urgente "para fazer avançar nossa jovem democracia" e dar longevidade ao atual ciclo de crescimento. "É, portanto, inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade", afirmou.
No discurso, Dilma disse que a luta mais obstinada do seu governo será pela a erradicação da pobreza extrema. "Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte", afirmou. "Essa não será uma tarefa isolada de um governo, mas um compromisso a ser abraçado por toda a sociedade", ressaltou.
Dilma reiterou manter a estabilidade econômica como valor absoluto. "Já faz parte de nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador", explicou. "Não permitiremos, sob nenhuma hipótese que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres ".
Ela prometeu também não fazer a menor concessão ao protecionismo dos países ricos, "que sufoca qualquer possibilidade de superação da pobreza", e fazer um trabalho permanente e continuado para melhorar o gasto público.
Ao citar que outra prioridade no seu governo será a luta pela qualidade da educação, saúde e segurança, Dilma destacou que para melhorar a qualidade do ensino os professores precisam ser "tratados como verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens".
Dilma pediu também o apoio dos partidos políticos, instituições e sociedade para governar o país. "O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um".
A petista prestou também homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltando a embargar a voz ao citá-lo e especialmente ao vice, José Alencar, internado em São Paulo, "pelo exemplo de coragem" no combate ao câncer.
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