O domingo dos três candidatos à Presidência da Câmara dos Deputados foi destinado a preparação para o debate desta segunda-feira (29) que será transmitido ao vivo pela rádio e TV Câmara. Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato a reeleição, passou o fim de semana em Brasília, entre contatos telefônicos com parlamentares.
A expectativa do presidente da Câmara é "promover um debate de idéias" que dê ao seleto grupo de 513 eleitores (deputados federais) uma oportunidade de escolher o candidato que será eleito na próxima quinta-feira (1) para presidir a Casa em 2007-2008.
Às vésperas do debate, Rebelo adotou um discurso conciliador. Ele aposta numa discussão de propostas para a Câmara dos Deputados e trata seus adversários como "companheiros de muitos anos". O candidato quer que o debate promovido pela Secretaria de Comunicação da Câmara seja mais uma oportunidade para que "o plenário decida quem é o melhor" para presidir a Casa.
O candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP), que conta com os apoios institucionais do PMDB, PR (fusão PL-PSC-Prona), PTB, PP, além do próprio partido, pretende balizar-se no debate desta segunda-feira na carta compromisso que encaminhou a cada um dos 513 deputados. Com o mesmo entendimento do seu adversário comunista, Chinaglia entende que o debate da TV Câmara tem uma audiência seleta, basicamente deputados, jornalistas e uma pequena parcela da sociedade.
Na sua carta compromisso, Arlindo Chinaglia quer adotar medidas nos próximos dois anos que possibilitem à Câmara resgatar "seu prestígio e autoridade". O parlamentar destaca, ainda, que se eleito dará prioridade a tramitação de projetos que tenham origem no Parlamento.
O candidato da terceira via, Gustavo Fruet (PSDB-PR), espera que o debate possibilite a "clareza de idéias, compromissos com o futuro da Câmara dos Deputados". Em entrevista à Agência Brasil, o parlamentar disse que vai propor e cobrar dos adversários as medidas objetivos que se pretende adotar para "recuperar a identidade da Câmara, profundamente comprometida por escândalos nos últimos anos".
Fruet destacou, ainda, que é necessário que se discuta, também, "a mesmice" de que a Câmara dos Deputados tem que ser presidida por líderes de governo e que a Casa só discute aumento dos salários dos Deputados Federais.
"O debate da Folha de S. Paulo (realizado na sexta-feira passada) foi uma prévia dos temas que estão sendo tratados e esta candidatura permitiu dar uma nova dinâmica a esta eleição e colocou em discussão temas como medidas provisórias (excesso de edições), orçamento, reformas tributária e política e quem poderá comandar os caminhos da Câmara pela sua autonomia e pela sua independência".
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