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O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, defendeu nesta quarta-feira (28) o aumento do gasto público como uma medida de combate à crise financeira internacional. Ele participou, em Belém, da abertura do Fórum Sindical Mundial, que acontece dentro do Fórum Social Mundial.

Para Dulci, a crise financeira internacional é a "falência" do neoliberalismo, e um caminho para superar as dificuldades é o aumento do investimento público na economia. "Não é hora de reduzir gasto público ou investimento social. A hora é de aumentar o investimento público, manter e aumentar os gastos sociais", discursou.

Em entrevista após o evento, o ministro destacou que o pacote do presidente norte-americano Barack Obama de US$ 800 bilhões é equivalente, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), aos R$ 100 bilhões que o governo cedeu na semana passada para aumentar as linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Baseado nisso, Dulci afirma que "todos os governos" estão partindo para um momento de maior intervenção na economia.

O ministro ressaltou ainda a exigência de que as empresas beneficiadas por empréstimos públicos não possam realizar demissões. "Não se trata de engessar a economia, mas casar duas coisas que são necessárias, o apoio à industria em dificuldade e a garantia do emprego."

Emprego

No evento com os sindicalistas, o ministro defendeu também que as negociações entre patrões e trabalhadores tenham como premissa a manutenção dos empregos e dos salários.

"Para enfrentar a crise não é necessária a precarização do trabalho e reduzir ainda mais a massa salarial. Isso não é verdade mesmo para os industriais, para os empresários, para o setor agrícola, porque com o desemprego e a redução de salário cai o nível de consumo", afirmou.

Ele ressaltou, no entanto, que o governo prega a "livre negociação" nas relações trabalhistas. Como alternativas para a crise, o ministro citou as férias coletivas adotadas por algumas empresas e defendeu a "criatividade" do empresariado e do movimento sindical.

Dulci confirmou que o governo prepara novas medidas para defender a manutenção dos empregos. Segundo o ministro, o aumento do número de parcelas do seguro-desemprego está em estudo no Ministério do Trabalho.

Ele destacou ainda o fato de o aumento real para o salário mínimo ter sido mantido. Segundo Dulci, serão R$ 27 bilhões a mais circulando na economia para ajudar a superar a crise.

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