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Adeus Paranaguá: Eduardo Requião não continuará no porto | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Adeus Paranaguá: Eduardo Requião não continuará no porto| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Poder Executivo

Veja quem são as autoridades com parentes empregados e quais são esses familiares:

Governo estadual

Roberto Requião, governador - Maristela Requião (esposa, diretora do Museu Oscar Niemeyer); Eduardo Requião (irmão, superintendente do Porto de Paranaguá); João Arruda Júnior (sobrinho, superintendente da Cohapar); Paikan Salomon de Mello e Silva (sobrinho, produtor da TV Educativa).

Orlando Pessuti, vice-governador - Regina Pessuti (esposa, assessora da vice-governadoria); Nélson Pessuti (irmão, membro do Conselho Fiscal da Copel).

Cláudio Xavier, assessor especial - Márcia Cíntia Xavier da Silva (parente em terceiro grau, assessora na Secretaria de Saúde).

Prefeitura de Curitiba

Itamar dos Santos, secretário de Defesa Social - Iranil dos Santos Júnior (sobrinho, chefe de gabinete).

  • No olho da rua: Maristela Requião, diretora do Museu Oscar Niemeyer

Pelo menos sete familiares de autoridades públicas terão de deixar seus cargos no governo do estado após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o nepotismo. Da família do governador Roberto Requião (PMDB), terão de ser exonerados quatro familiares: o irmão Eduardo Requião, superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa); a esposa Maristela, diretora do Museu Oscar Niemeyer; o sobrinho João Arruda Júnior, diretor da Cohapar; e o sobrinho Paikan Salomon de Mello e Silva; produtor da TV Educativa.

Já o vice-governador, Orlando Pessuti (PMDB), terá de exonerar pelo menos dois parentes. Estão empregados no governo estadual a esposa de Pessuti, Regina, que trabalha como assessora da vice-governadoria; e o irmão, Nélson, que é membro do Conselho Fiscal da Copel. Também deverá deixar o governo Márcia Cíntia Xavier da Silva, parente em terceiro grau do assessor especial Cláudio Xavier. Márcia tem cargo de assessora na Secretaria de Saúde.

Os nomes desses familiares estão listados na ação do Ministério Público contra o nepotismo no governo estadual. Porém, o número de parentes de autoridades contratados para cargos de confiança pode ser maior, conforme apurou a Gazeta do Povo em agosto do ano passado. A partir da lista de cargos comissionados divulgada pela Secretaria de Administração e Previdência, foram encontrados pelo menos dez outros familiares de autoridades públicas estaduais nos quadros do governo.

A Casa Civil preferiu ontem não dar declarações sobre a decisão do STF. Segundo a assessoria do órgão, o secretário-chefe da pasta, Rafael Iatauro, deve se pronunciar hoje sobre o assunto, após o departamento jurídico da secretaria analisar os casos de parentes de autoridades contratados na administração pública. Anteontem Iatauro havia afirmado que o estado deverá respeitar a decisão do STF.

Na prefeitura de Curitiba, atualmente há apenas um caso de nepotismo. O secretário da Defesa Social, Itamar dos Santos, emprega o sobrinho, Ivanil dos Santos Júnior, como chefe do seu gabinete. Segundo a assessoria da prefeitura, ele será exonerado dentro do prazo estabelecido pelo Supremo (dez dias). A súmula do STF, em princípio, deve impedir também que ex-diretora da Fundação de Ação Social Fernanda Richa, que foi exonerada do órgão para trabalhar na campanha do marido Beto Richa (PSDB), possa retornar ao cargo após as eleições. Como a súmula do STF abriu a exceção para cargos de secretário, o irmão do prefeito, José Richa Filho poderá voltar às suas funções de secretário de Governo após as eleições. Ele deixou a secretaria para trabalhar na campanha do irmão.

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