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O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) circulou ontem nas rodas políticas na sessão de retomada dos trabalhos da Assembléia Legislativa. Sobre o convite de aceitar o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, não disse sim nem não, apenas que depende do aval do governador.

Estratégico – O governador, por sua vez, garantiu que não tem que opinar sobre o assunto porque a indicação deve ser dos deputados estaduais. Tanto Requião como a bancada querem levar Pessuti para o Tribunal de Contas. Além de "homenagear" o vice, a idéia é deixar livre a vaga para o PMDB oferecer para outro partido. Disposto a angariar apoios, os peemedebistas já teriam oferecido a candidatura para o PSDB e PDT, partidos que trabalham numa frente de oposições ao governo.

Surpresa – Além de Orlando Pessuti, outros nomes do governo teriam o aval da base para ocupar o cargo, como o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, pela atuação na pasta. Um deputado da oposição deve se inscrever na disputa. O presidente Hermas Brandão (PSDB) abre oficialmente hoje o prazo de inscrições, que terá duração de cinco dias. "Qualquer um pode disputar. Uma comissão será designada para analisar os nomes e fornecer informações para o plenário escolher", explicou.

Cotas – O presidente do Instituto Brasil-África, Saul Dorval, inscreveu seu nome para concorrer ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, aberto com a morte de Quielse Crisóstomo, na semana passada. Dorval reivindica a presença de um negro entre os conselheiros, proposta defendida pelo deputado Neivo Beraldin (PDT). Qualquer pessoa pode inscrever-se para disputar a vaga, mas a indicação será aprovada pela Assembléia.

De longe – O líder da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), não aceitou o convite de seu correligionário, o presidente da Assembléia, Hermas Brandão, para recepcionar o governador e acompanhá-lo até a mesa. Rossoni, que é presidente do PSDB, quis deixar claro que é oposição ao governo e não cogita uma aliança eleitoral.

Corte 1 – O governador Roberto Requião (PMDB) aproveitou o discurso de abertura dos trabalhos legislativos para criticar os deputados, que incluíram no Orçamento deste ano emendas reduzindo os gastos com propaganda do governo. Requião disse que não vai pedir suplementação orçamentária e ameaçou vetar emendas que sejam apresentadas para remanejar recursos de outra área para a publicidade.

Corte 2 – Segundo Requião, a emenda aprovada pela Assembléia proibiu, por exemplo, o Detran de investir em campanhas educativas. Na mensagem original, o governo pediu R$ 28 milhões para gastar com propaganda este ano, mas a Assembléia reduziu para R$ 16 milhões. "Vocês imaginaram que iriam abrir um espaço de negociação, mas agradaram ao governador", provocou Requião.

Reação – A declaração irritou deputados da própria base. "É injusto o governador se referir dessa forma à Assembléia que tem autonomia para tomar decisões", disse o relator do Orçamento, Marcos Isfer (PPS). Segundo o deputado, a emenda foi amplamente discutida com o governo e havia um "anseio" da bancada do PMDB de cortar os gastos com comunicação. "Não foi uma provocação para negociar emendas", rebateu Isfer.

TV – O presidente da Câmara Municipal, João Cláudio Derosso (PSDB), prometeu para este ano a instalação da TV on-line das sessões plenárias. Serão instaladas duas câmeras no plenário para que o cidadão possa assistir aos trabalhos parlamentares pela página eletrônica da Câmara.

Relatório – Na cerimônia de abertura de volta aos trabalhos da Câmara de Curitiba, o primeiro secretário da Casa, vereador Fábio Camargo (PFL), apresentou um relatório sobre as atividades de 2005. No total foram votados 17 mil requerimentos, 766 proposições e 393 projetos de lei.Despedida – Luís Ernesto, que é suplente de vereador, já assistiu à sessão plenária da Câmara Municipal, ontem, como visitante. Ele substituía Rui Hara (PSDB), que reassumiu o mandato, porém faltou na sessão de abertura.

Pinga-fogo

* "Deus criou o mundo em sete dias. Estava faltando o Paraná, que foi feito na administração dele". A frase é do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (PFL), ironizando o discurso do governador Roberto Requião (PMDB) de prestação de contas dos três anos de mandato.

* O presidente estadual do PT, André Vargas, disse que vai propor a lavagem das escadarias do Palácio Iguaçu com a água do litoral como forma de defender a liberdade de imprensa.

* O vereador Serginho do Posto marcou a sua filiação ao PSDB para a próxima segunda-feira à noite, no Centro Social da Igreja da Vila Centenário. Ele foi eleito pelo PPS e está há oito meses sem partido.

* O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB) diz que não há motivo para mágoa dos vereadores que esperavam que ao menos dois fossem chamados para a equipe de secretários de Beto Richa.

* "Eles foram eleitos para serem vereadores, não para serem secretários", disse.

* O vereador Paulo Salamuni (PV) esteve nesta semana em Brasília e disse que não gostaria de ser deputado federal.

* "Os gabinetes dos deputados são menores do que os da Câmara. Não cabem minhas coisas."

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