"Se a decisão não for acatada, os partidos vão continuar como motéis partidários, onde todo mundo entra e sai na hora que quer."

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Waldyr Pugliesi, líder do PMDB na Assembléia, defendendo que o mandato é do partido e não do eleito.

No papel – Pugliesi duvida, no entanto, de que a medida tenha aplicação prática, mas alerta: "A macacada que pula de galho em galho que fique de sobreaviso". O deputado também não acredita que a decisão será cumprida. "É o que a sociedade quer, acabar com essa prostituição partidária, mas a decisão deveria ter sido tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral antes da eleição e o Supremo deve barrar", prevê o vice-presidente do PDT, deputado Augustinho Zucchi.

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Pega – Já o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (PFL), está confiante de que as novas regras vão ser aplicadas. Como três ministros do Tribunal Superior Eleitoral são membros do Supremo, o deputado considera muito provável que a decisão final seja pela perda de mandato aos que trocaram de partido. "Quem mudou fica muito vulnerável e numa situação desconfortável", diz.

Mordomia – Os exagerados salários nas empresas de economia mista do governo do Paraná serão alvo de discussão na Assembléia Legislativa. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o deputado Alexandre Curi (PMDB) estão elaborando uma proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê um teto para os salários na Copel, Sanepar, Elejor e outras autarquias.

Limite – Segundo Romanelli, o presidente da Copel, por exemplo, recebe cerca de R$ 30 mil por mês. A proposta é limitar o valor ao salário do vice-governador, que é de R$ 21,5 mil. Os vencimentos de cada autarquia ou órgãos de sociedade mista ligadas ao governo são definidos pelo Conselho de Administração de cada empresa e fogem do controle do governador. A idéia é cortar salários e proibir novos reajustes exorbitantes.

Enquanto isso – A oposição não perdeu a chance de provocar os governistas pela iniciativa: "Reduz os salários dos empregados, mas o do chefe continua sendo o mais alto do país", comparou o vice-líder do governo, deputado Élio Rusch (PFL referindo-se aos vencimentos do governador Roberto Requião (PMDB), que chegam a R$ 24,5 mil.

Agenda – O governador Roberto Requião cancelou, mais uma vez, a agenda de ontem. Na terça-feira, a assessoria de comunicação do Palácio Iguaçu garantiu que ele cumpriria a viagem marcada a Francisco Beltrão, na Região Sudoeste, para inaugurar uma estrada. Jornalistas do governo afirmaram, inclusive, que ele já havia viajado para o interior. Governistas têm tratado do estado de saúde de Requião de forma sigilosa. O governador estaria com uma infecção urinária e fazendo repouso absoluto.

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Reaproximação – Requião convidou ontem o deputado estadual e ex-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana (PMDB), para almoçar e passar o dia com ele na Granja Camgüiri, onde se recupera. A equipe de Quintana comemorava ontem o fato, que seria uma demonstração de reaproximação entre os dois. Requião estava tratando fortes e antigos aliados com frieza, entre eles Quintana, o vice Orlando Pessuti e o deputado Nereu Moura, todos do PMDB.

Aviso – O deputado federal e presidente estadual do PT, André Vargas, afirmou ontem sabia o que estava reivindicando quando exigiu autonomia para ser o secretário estadual do Trabalho. "O negócio foi que o Padre Roque Zimermann deixou a secretaria nas mãos do Émerson Nerone, diretor-geral, que fez o problema. Avisei isso ao governador Roberto Requião. Mas a bancada do PMDB fez um levante para defender a manutenção do Nerone."

Sai – O diretor-geral da Secretaria do Trabalho, Emerson Nerone, teria sido demitido ontem pelo governador Roberto Requião e pelo atual chefe da pasta, Nélson Garcia. A comunicação do Palácio Iguaçu nega a demissão, mas deputados garantem a saída do ex-assessor de Padre Roque Zimermann.

Entra – Quem ganhou um belo presente ontem, segundo o Palácio Iguaçu, foi o ex-diretor-geral da Secretaria de Agricultura, Newton Pohl, que foi secretário no lugar de Orlando Pessuti durante a campanha no ano passado. Ele vai trabalhar em Brasília no Ministério da Agricultura, a convite do ministro Reinhold Stephanes.

Pinga-fogo

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Depois de saber da coroa de flores colocada na frente da Câmara de Curitiba, sugerindo a morte do PMDB no parlamento municipal, o presidente da legenda, Doático Santos, revidou ••• Mandou um chocolate em formato exótico com um bilhete para o vereador Paulo Salamuni, que trocou o PMDB pelo PV em 2005 ••• O texto dizia: "Quem ri por último, ri melhor. Saudações do TSE Velho de Guerra ••• Salamuni é um dos que podem ser atingidos pela decisão do TSE que considerou o mandato pertencente ao partido, e não ao parlamentar.