Agenda privada da presidente
Laura Beal Bordin, especial para a Gazeta do Povo
A presidenta Dilma Rousseff (PT) chegou à Curitiba por volta das 15h45 no avião oficial da presidência e deixou o Aeroporto Afonso Pena logo depois, numa comitiva sem escolta oficial dos batedores das polícias federal, militar e guarda municipal.
De acordo com a assessoria de comunicação da Presidência, Dilma cumpria agenda privada na capital e nenhuma informação foi divulgada. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação, os gastos com combustível do avião oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) foram custeados pelo PT, uma vez que o evento é particular.
A presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem o lançamento da candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do Paraná para rebater a acusação que vem sendo feita pelo governador Beto Richa (PSDB) de que o governo federal persegue o Paraná politicamente. Em discurso no Teatro Positivo, em Curitiba, Dilma afirmou que os governos petistas investiram R$ 47 bilhões no estado desde 2003. "Não creio que em outros momentos do passado outros governos investiram tanto", disse.
Dilma citou a destinação de recursos recentes para o estado em projetos de mobilidade social e em bandeiras do partido como o Bolsa Família e Mais Médicos. "O Paraná nunca foi discriminado pelo governo federal, porque para mim os interesses do povo de qualquer estado estão acima de questões partidárias", disse a presidente, sem citar nominalmente o governador paranaense.
O encontro do PT realizado em Curitiba contou também com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de boa parte da alta cúpula petista e da base de Dilma no Congresso.
"Caos financeiro"
Gleisi, em sua fala, também criticou a atual gestão do estado, dizendo que "o Paraná não quer uma gestão que confunde choque de gestão com caos financeiro". Ela disse que tem o apoio do governo federal. "Temos o compromisso da Dilma para nos amparar e nos assistir. Governaremos juntas a partir de 2015."
Gleisi subiu ao palco ao lado de Lula e Dilma, que a aplaudiram. Além dos três, o palco ficou lotado de aliados. Estiveram presentes, entre outros, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e quatro ministros: Aloizio Mercadante (Casa Civil); José Henrique Paim (Educação); Paulo Bernardo (Comunicações); e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário).
Contra os tucanos
Retomando a antiga rivalidade entre PT e PSDB, Dilma fez um longo discurso sobre o partido adversário, lembrando de fatos que remontam à época de Fernando Henrique Cardoso na Presidência. "Os nossos adversários andam espalhando muitas inverdades a nosso respeito. A nossa proposta é só fazer o contrário a respeito deles: só falar a verdade. Vamos lembrar o que eles produziram enquanto estiveram no governo. Produziram recessão, desemprego, redução da renda e achatamento salarial. Eles produziram isso não porque são maus, mas porque se submeteram ao modelo de gestão proposto pelo capital financeiro", disse.
Obras
Mais cedo, Dilma participou de um festival de inaugurações de obras em 10 cidades por videoconferência, incluindo Curitiba. Isso porque a partir de amanhã a legislação eleitoral proíbe inaugurações por agentes públicos, o que acelerou o ritmo de entregas de obras. O evento aconteceu em Brasília, mas foi replicado em telões nas demais cidades.
Em Curitiba, foram inauguradas 480 unidades do programa Minha Casa Minha Vida no bairro Santa Cândida. A presidente aproveitou para lançar a terceira etapa do programa, com a previsão do lançamento de mais 3 milhões de moradias até o fim do governo.
Ainda ontem, em Foz do Iguaçu, Gleisi e o ministro dos Transportes, Paulo Passos, lançaram o contrato para construção da segunda ponte internacional sobre o Rio Paraná. Eles também lançaram um edital de licitação para revitalizar a Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai.
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