No Paraná, também foi dada a largada para a eleição 2014. Os principais pré-candidatos começaram a definir estratégias e buscar apoios. Essas conversas, que antes eram feitas nos bastidores, estão cada vez mais explícitas e acabam por alterar o cenário político.
Na última semana, o governador Beto Richa (PSDB) concluiu a minirreforma no secretariado dando mais espaço para partidos que podem ser aliados na eleição que se avizinha. E a principal oponente do tucano, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), vem intensificando a agenda política no estado. Não se trata de campanha antecipada, o que é vedado pela legislação eleitoral, mas ambos já se mobilizam para a eleição.
Gleisi
Pela primeira vez na história do Paraná, o PT vai entrar na disputa pelo governo do estado com chances reais de vencer. A vitória de Gustavo Fruet (PDT) na disputa pela prefeitura de Curitiba, com o apoio petista e contra o candidato do governador fortaleceu a legenda na capital.
Com uma experiência política recente, Gleisi vem trabalhando forte nos bastidores para enfrentar Richa. A principal cabo eleitoral da petista tem sido a presidente Dilma Rousseff, que confiou a Gleisi o anúncio de medidas importantes do governo federal. Coube à ministra, por exemplo, divulgar o novo valor do salário mínimo. Neste mês, em visita ao Paraná, Dilma fez questão de destacar o empenho da ministra para ampliar a malha ferroviária do Paraná. "Eu tenho certeza que a ministra Gleisi vai olhar para esse programa porque, obviamente, a ministra, sendo aqui do Paraná, vai ter interesse nisso", disse Dilma na ocasião.
Richa
O governador deve se valer da estratégia que lhe garantiu as últimas vitórias nas urnas: compor superalianças. Na última vez que disputou uma eleição, em 2010, quando foi eleito governador, Richa contou com o apoio de dez partidos. E o cenário político mostra que o tucano deve não só manter a estratégia como ampliar o número de aliados. Richa vem construindo aos poucos essa superaliança, que já conta com quase dez partidos.
Contando com centenas de cargos no governo, o tucano tem atraído apoiadores que hoje negam qualquer garantia de aliança em 2014, mas, nos bastidores, fazem parte de uma superparceria que vai tentar reelegê-lo. Neste mês, o governador concluiu uma minirreforma no primeiro escalão. A mudança trouxe o PMDB, o PSC de Ratinho Júnior, que obteve excelente votação na eleição de Curitiba de 2012, e o PSD do deputado federal Reinhold Stephanes.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode
Deixe sua opinião