Curitiba Começa a partir de segunda-feira, em todo o país, a primeira etapa do censo de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 2.6 milhões de beneficiários brasileiros serão recadastrados, e, destes, 180.476 são paranaenses. O Ministério da Previdência selecionou apenas aqueles que têm problemas, como pendências nas informações ou incoerências no cruzamento dos dados.
Para o ministro da Previdência, Nelson Machado, o objetivo é melhorar o atendimento aos beneficiários e combater fraudes e desperdícios. De acordo com o ministro, caso sejam detectadas irregularidades em apenas 1% dos benefícios, a economia aos cofres da Previdência será de R$ 130 milhões. O custo do censo é de R$ 18,75 milhões (R$ 7,5 por cadastro).
Para viabilizar o recadastramento e evitar o desgaste dos beneficiários, o Ministério da Previdência estabeleceu uma parceria com a rede bancária. O Banco do Brasil, que é a instituição que mais atende aposentados do INSS, vai contratar 3 mil empregados temporários, abrir duas horas mais cedo, de acordo com a demanda, e deixar o segurado livre para ir à agência mais próxima (e não necessariamente na que recebe o benefício mensal). Mas, segundo a Regional Sul do INSS, esta é uma opção do banco, uma vez que o contrato com o Ministério não estabelece um esquema especial de antendimento na rede bancária.
No Paraná, que tem um total de 1.329 mil beneficiários, entidades de classe já trabalham para informar os aposentados. "Estamos pedindo para ninguém ter pressa. Não precisa correr ao banco. E ao posto do INSS, nem pensar", declarou Roberto Eltermann, diretor do departamento dos aposentados metalúrgicos da Grande Curitiba e segundo vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados.
O censo passo-a-passo
Na primeira fase, que acontece durante o mês de outubro, os aposentados ou pensionistas selecionados pelo INSS receberão um aviso de convocação por meio da rede bancária. Ao sacar o benefício aparecerá na tela de auto-atendimento ou no extrato em papel um aviso do recadastramento, a data e os documentos necessários. O primeiro alerta poderá ser visto já em outubro, o segundo em novembro, mês de início do programa. Um terceiro aviso acontece ao fim do censo, em fevereiro.
O beneficiário que não tiver se recadastrado recebe mais um aviso, informando que, já que o prazo se encerrou, ele deve procurar uma agência do INSS para fazer a atualização. Caso a carta seja devolvida, haverá um edital de convocação a ser publicado em jornais. Se, mesmo assim, ele não comparecer, um outro edital será publicado avisando que o benefício será suspenso, o que deve ocorrer dentro de cinco meses.
Se o aposentado ou pensionista tiver o benefício cancelado, basta ele comparecer a uma agência do INSS para atualizar os dados e voltar a receber, inclusive os atrasados.
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