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| Foto: KEVIN LAMARQUE/REUTERS

O baixíssimo índice de aprovação do governo divulgado nesta quarta-feira (1º) na pesquisa CNI/Ibope —9% de ótimo e bom — levou líderes da oposição a ocupar a tribuna do Senado para pedir a renúncia da presidente Dilma Rousseff. O argumento é que houve um desmonte em todas as estruturas do estado, “por uma quadrilha que ocupou a gestão federal”, e que, com esse nível de aprovação, a presidente não conseguirá implementar nada que tire o país do buraco. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a renúncia é a única saída possível para que a economia se recupere e os brasileiros voltem a ter um pouco de esperança.

No seu discurso o tucano lembrou as denúncias feitas pelo delator Ricardo Pessoa, da UTC, que disse ter repassado R$ 7,5 milhões de dinheiro ilícito, de corrupção na Petrobras, para a campanha da presidente Dilma, em 2014.

“A nação aguarda de forma atenta todos os desfechos dessas demandas do campo da justiça. Para que o Brasil tenha seu sofrimento abreviado, renuncie Dilma Rousseff ! Nós no Brasil vivemos hoje um desmonte do estado por uma quadrilha que ocupou o estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que a pesquisa CNI/Ibope vinha sendo anunciada, a PF fazia uma nova operação na casa da Moeda para apurar desvio de R$ 6 bilhões”, discursou Cássio Cunha Lima, enumerando os outros escândalos da gestão petista: mensalão, Lava Jato, BNDEs, fundos de pensão, Petrobras e outros.

“Renuncia presidente! Livre o país dessa crise econômica, financeira e moral que estamos atravessando”, discursou também o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), engrossando o coro dos pedidos de renúncia.

O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado (GO), também subiu o tom dos ataques a presidente Dilma. Ironizando os números da pesquisa, o senador goiano disse ser muito simbólico que o índice de aprovação do governo tenha caído para 9% e sido ultrapassado pela índice de inflação projetado. Para Caiado, a saída menos traumática para o país seria a renúncia da presidente, porque a cada dia que ela fica no cargo, “afunda mais o País”.

“A presidente Dilma criou uma situação de ingovernabilidade , colocou o Brasil numa situação, que nada que ela faça vai tirar o País do buraco, pelo contrário, tudo que faz é para afundar cada vez mais. O País continua ladeira abaixo. Seria menos traumático se ela renunciasse. Se Dilma tivesse um gesto de estadista, pelo bem dos brasileiros nesse momento, ela renunciaria. Dilma tem que entender que chegou ao fim, não dá mais”, defendeu Caiado.

O presidente do Democratas, J osé Agripino Maia (RN), disse que o quadro mostrado hoje pela pesquisa CNI/Ibope, principalmente no Nordeste, onde Dilma tem seu maior eleitorado, não é surpresa para ninguém. “Maior do que a reprovação é o sentimento das ruas de que ainda podemos ter pela frente o calvário de mais três anos de um governo sem rumo”, disse Agripino.

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