Disposto a marchar com a oposição nas próximas eleições, o vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima (PMDB), cobrou nesta quinta-feira (26/12)a publicação da sua exoneração no "Diário Oficial da União".
No Twitter, Geddel fez um apelo diretamente à presidente Dilma Rousseff: "Cara Presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação minha exoneração função q ocupo, e cujo pedido ja se encontra nas mãos de V Excia (sic)".
O peemedebista afirma que encaminhou sua carta de demissão à presidente em setembro deste ano, mas não obteve nenhuma resposta do Planalto até o momento.
"Fiz um apelo publicamente porque precisava marcar posição. Encaminhei minha carta de demissão há três meses e ainda estou esperando que a exoneração seja oficializada", afirmou Geddel.
Geddel ocupa um cargo de confiança na Caixa Econômica, o que faz com que sua exoneração dependa exclusivamente de um despacho da presidente da República.
A assessoria de imprensa da Casa Civil, contudo, informa que não foi protocolada no ministério nenhuma carta de demissão do vice-presidente da Caixa.
Oposição
Um dos aliados mais próximos ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), Geddel foi ministro da Integração Nacional do governo Lula entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para disputar o governo da Bahia pela primeira vez.
Enfrentou nas urnas o governador Jaques Wagner (PT), que acabou sendo reeleito no primeiro turno. Na ocasião, apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff, só que Dilma e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiaram abertamente o candidato petista ao governo baiano.
Em 2012, Geddel aliou-se localmente ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), sendo peça fundamental para a vitória dele no segundo turno das eleições para a prefeitura.
Desde então, o peemdebista negocia com DEM e PSDB a formação de uma chapa única para enfrentar Rui Costa (PT), candidato ao governo de Jaques Wagner.
O peemedebista também admite que deverá apoiar um dos candidatos da oposição à Presidência.
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