Depois de ser denunciado pela força-tarefa da Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está usando o Twitter para republicar notas de esclarecimento de seus advogados afirmando que ele não é dono do tríplex no Guarujá. Em uma publicação feita às 15h11, Lula chegou a comparar o caso dele com Juscelino Kubitschek. “Curiosidade histórica: JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo”, diz a publicação, que traz o link de um blog relatando o fato.
Curiosidade histórica: JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo. https://t.co/Ya4THUv3hI
— Lula pelo Brasil (@LulapeloBrasil) 14 de setembro de 2016
Na manhã desta quarta-feira (14), o Twitter oficial do ex-presidente repercutiu uma afirmação de sua defesa, feita no último dia 8, dizendo que “Lula tem sido vítima de gravíssimas ilegalidades”. Nesta tarde, ele está em um hotel da zona sul de São Paulo.
MPF: Lula foi o “comandante máximo” do esquema de corrupção na Petrobras
Em sua página no Facebook, também reagiu à denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele no caso do triplex do Guarujá. Segundo a nota, Lula tornou públicos em janeiro passado documentos que provariam que ele não é dono do tríplex de Guarujá. O comunicado reiterou a versão de que Lula esteve apenas uma vez no apartamento, na época em que avaliava uma possível compra do imóvel.
“Jamais foi proprietário dele (o triplex) ou sequer dormiu uma noite no suposto apartamento que a Lava Jato desesperadamente tenta atribuir ao ex-presidente”, afirma a declaração que foi acompanhada de um link para uma matéria do Instituto Lula, com documentos que supostamente comprovariam a inocência do petista.
Além de Lula e Marisa Letícia, também foram denunciados o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, e os ex-diretores da OAS Paulo Gordilho (responsável pela compra de móveis planejados para a cozinha do apartamento), Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira. O MPF investigou se o triplex e as reformas de R$ 1 milhão feitas nele foram uma forma de pagamento de vantagem indevida a Lula pela OAS, uma das construtoras que participaram do cartel da Petrobras.
O ex-presidente já é réu em processo da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, por tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na estatal. Lula é ainda investigado pela compra do sítio de Atibaia, reformado com ajuda de outra empreiteira envolvida no esquema, a Odebrecht.
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