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No último dia à frente da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o ministro Mangabeira Unger divulgou carta de 18 páginas na qual lista as principais ações frente à pasta e destaca objetivos a serem alcançados pelo governo na sua avaliação. Ontem, o documento foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oficialmente, Mangabeira deixa o governo para voltar a lecionar em Harvard, nos Estados Unidos.

Protagonista de vários embates com a senadora Marina Silva (PT-AC) e Carlos Minc, respectivamente a ex-ministra do Meio Ambiente e o sucessor, Mangabeira destacou no texto o que chama de "revolução" iniciada na Amazônia. O encaminhamento da regularização fundiária, disse ele, será seguido por ações concretas como a regularização ambiental, o soerguimento do extrativismo madeireiro, a recuperação de áreas degradadas e a superação do isolamento com a recuperação de estradas vicinais.

Outro ponto de destaque no documento se refere às ações no Nordeste. "O desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional é uma iniciativa construída meses a fio com todos os governadores e com muitas das organizações empresariais, sociais, acadêmicas e religiosas", escreveu. "É natural que surjam de muitos lados divergências razoáveis. Ministros têm o direito de não quererem que se lhe roubem o fogo. Acadêmicos sempre terão dificuldades que ideias novas podem ser melhores do que ideias em torno das quais organizaram suas rotinas intelectuais", prosseguiu.

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