O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos pediu para deixar o cargo de presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, quase dois anos após ser nomeado pela então ministra da Cultura, Ana de Hollanda (2011-12).

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A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (29). O atual diretor-executivo da fundação, Hélio Oliveira Portocarrero de Castro, assumirá interinamente o cargo de presidente da fundação.

Wanderley Guilherme chegou à instituição depois que o sociólogo Emir Sader, primeira opção para o cargo, teve a nomeação cancelada após chamar Ana de Hollanda de "meio autista" - a declaração foi feita em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2011.

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"Ele era idenficado com a Ana de Hollanda. Surpreendentemente, saiu a defender a Ana, que era indefensável", afirmou Sader, que frisou não ter acompanhado a gestão do cientista político à frente da instituição.

Wanderley Guilherme disse que a decisão de deixar o cargo não tem razões políticas, mas sim acadêmicas - ele quer retomar sua pesquisa sobre oligarquias no Brasil.

"Não gosto e não tenho talento para administrar. Queria sair desde junho de 2012, mas fiquei a pedido da Ana, e de depois da Marta [Suplicy, atual ministra da Cultura], até que coisas como licitações e um concurso para servidores estivessem encaminhados", disse.

Segundo o cientista político, tanto Ana de Hollanda como Marta Suplicy foram atenciosas com as demandas da Fundação Casa de Rui Barbosa, autarquia voltada para a pesquisa e a conservação de acervos de intelectuais brasileiros.