O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (10) que os integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba podem fazer críticas quando e onde quiserem sobre o projeto que muda as regras dos acordos de leniência, mas que são os parlamentares que foram eleitos pela população que devem votar as propostas.
- Cheque de R$ 1 mi complica Temer na ação que pede sua cassação
- Com a Operação Dragão, Lava Jato chega mais perto de concessões de estradas e aeroportos
- Operadores fizeram da lavagem de dinheiro sua profissão, diz Lava Jato
- ‘Não existe caixa dois inocente’, diz procurador da Lava Jato ao criticar proposta de anistia
“Eles, de forma democrática, podem fazer a crítica onde eles quiserem, no tempo que quiserem. Nós estamos aqui eleitos pela população para votar as matérias”, afirmou Maia em entrevista coletiva. Ele disse não poder comentar as críticas da força-tarefa ao parecer do relator do projeto, deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo na Casa, porque não as leu.
Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (9), integrantes da força-tarefa criticaram relatório preliminar apresentado por Moura ao projeto. No parecer, o deputado do PSC estende os acordos de leniência para pessoas físicas, como diretores, acabando com a punibilidade deles, o que pode desestimular delações premiadas. Para a Lava Jato, o projeto faz parte de uma ofensiva para “enterrar as investigações” da operação.
Maia afirmou ainda que retirou o requerimento para tramitação do projeto em regime de urgência para que o tema possa ser mais debatido na Casa, e não por causa das críticas dos integrantes da força-tarefa. Ele disse que pautou a urgência para a sessão dessa quarta-feira, para pressionar o relator a apresentar o seu parecer. “Não podia ficar esperando a vida inteira para aparecer um relatório”, afirmou.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião