| Foto: Divulgação

Ao contrário dos outros coordenadores de campanha, Leones Dalla’Agnol é mais conhecido por sua atuação nos bastidores da política. De Itapejara do Oeste, na região Sudoeste do estado, ele foi assessor da deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), que também é da região. Depois, foi chefe de gabinete do Ministério do Planejamento e das Comunicações, em ambos os casos com Paulo Bernardo (PT), e da Casa Civil, com a própria Gleisi Hoffmann (PT). Assim como a senadora, Dalla’Agnol é filiado ao PT. Que projeção o senhor faz da eleição deste ano?

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Enxergo uma campanha bastante equilibrada. São três candidaturas que disputam em melhores condições, de certa forma repetindo o cenário da última eleição para prefeito de Curitiba. Qualquer um dos três pode ir para o segundo turno. Como será a campanha da senadora Gleisi Hoffmann?

Essa campanha deve ser um pouco diferente das campanhas passadas. Nosso planejamento será focado num diálogo muito direto com o eleitor comum e não com lideranças, como acontecia no passado. Até um período recente, fazíamos campanha em eventos, nos quais certas lideranças mobilizavam os moradores e influenciavam o quadro eleitoral naquele local. Agora, vejo um amadurecimento maior do eleitor, que presta muito mais atenção no que diz o candidato. Perde força a liderança que exercia o controle sobre determinada base e abre-se espaço para o eleitor comum, que vai tomar sua decisão no olhar direto com o candidato. Qual o diferencial que se pretende mostrar da candidata?

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Nenhuma liderança do Paraná ascendeu politicamente com tamanha rapidez. Ela se dedicou de corpo e alma ao governo federal, conseguiu nesse período na Casa Civil e no Senado conhecer coordenar e implementar políticas públicas nacionais. Vamos mostrar que isso dá a ela a condição de fazer ainda mais pelo estado.

Como se pretende trabalhar na campanha a questão da suposta discriminação do governo federal em relação ao Paraná, que com certeza virá à tona?

Levar isso para o debate é ruim [para nossos adversários]. Isso vai abrir espaço para falarmos as verdades. Temos condições de esclarecer no horário eleitoral que não houve nenhum movimento político nesse sentido. Podemos mostrar que houve aumento de repasse de recursos voluntários ao Paraná, sobre os quais se poderia exercer algum tipo de pressão. Talvez estejam querendo justificar a falta de capacidade deles de gerir o estado. Em seis anos, atuei em três ministérios e recebi diversos governadores. O Beto [Richa], por exemplo, nunca foi falar com a ministra Miriam Belchior [Planejamento], coordenadora do maior projeto do governo federal, o PAC. Nunca foi a Brasília fazer gestão de nada. A senadora estará preparada para os ataques?

Estamos na campanha para apresentar propostas aos paranaenses e não para falar dos outros candidatos. Como será trabalhada a ligação com Dilma e Lula?

Vamos apresentar o mérito do grupo político que começou com o Lula e continua com Dilma. Vamos demonstrar que a União tem feito muitos investimentos no Paraná, a despeito da articulação do governo do estado.

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