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Justiça eleitoral pediu reforço da PF para evitar vandalismo na cidade

A Justiça Eleitoral de Londrina, no Norte do Paraná, calculou que a realização de uma nova eleição no município custaria cerca de R$ 600 mil aos cofres públicos, mesmo valor gasto nos dois turnos anteriores. O cálculo é feito com base em cada eleitor, que representa um custo estimado de R$ 1,80 para cada um dos 341.908 eleitores do município. A definição sobre um novo pleito só deve ser avaliado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) depois de julgados os recursos de Antonio Belinati (PP), contra a cassação de seu registro de candidatura.

Segundo o TRE, o orçamento geral previsto para as eleições deste ano, em todo o estado, ficou em R$17 milhões. O dinheiro foi repassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como a previsão era de dois turnos em quatro municípios (Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa), mas só foram realizadas em dois (Londrina e Ponta Grossa), o TRE tem uma folga de caixa que cobriria as despesas extras.

A realização de um novo segundo turno teria um gasto menor que uma eleição geral, mas o TRE ainda não tem os percentuais de redução. O desenvolvimento do processo eleitoral também seria mais rápido. Segundo o coordenador das eleições na cidade, Carlos Maurício Ferreira, juiz da 42ª Zona Eleitoral, seria possível realizá-lo em, no mínimo, três semanas. "Precisaríamos deste prazo para fazer novamente a programação e lacrar as urnas, convocar mesários, organizar com as polícias, enfim por a coisa toda para funcionar mais uma vez", diz. No total, cerca de 4.500 pessoas teriam que ser mobilizadas novamente.

Uma eleição geral, no entanto, seria um pouco mais demorado o processo com um prazo mínimo de três meses para a realização. Segundo a assessoria de imprensa do TRE, o processo teria que ser feito desde o início, inclusive com convenções de partidos e registro de candidaturas, incluindo até novos candidatos, menos Antonio Belinati (PP), que teve o registro cassado pelo TSE.

Manifestações

De acordo com o telejornal ParanáTV 1ª edição desta quinta-feira (30), a Justiça Eleitoral determinou que a Polícia Federal mantenha vigilância para evitar manifestações violentas. Na quarta-feira (29), cerca de 350 manifestante invadiram o prédio da prefeitura em protesto contra a impugnação de Belinati.

Os manifestantes quebraram uma porta de vidro da Câmara Municipal, entraram no prédio da Prefeitura e da Câmara com bandeiras, faixas e gritando "Belinati fica". Por volta das 17 horas, os manifestantes seguiam para o calçadão da cidade.

Impugnação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o registro da candidatura de Belinati na sessão de terça-feira, por volta das 21h30. O voto do presidente do TSE, o ministro Ayres Britto, foi acompanhado do voto dos ministros Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Fernando Gonçalves e Aldir Passarinho. Foram vencidos o relator, Marcelo Ribeiro, e Arnaldo Versiani.

Na noite de terça-feira, eleitores antibelinatistas festejaram a decisão do TSE, fechando a Avenida Higienópolis, no centro da cidade. A comemoração foi tranquila.

Eduardo Franco, advogado de Belinati, disse que pretende entrar com um recurso o TSE até a sexta-feira (31).

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