Com longa experiência em temas multilaterais em seus 30 anos de carreira, a embaixadora Maria Luiza Viotti, atual diretora do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, representará o Brasil, em Nova York, na missão brasileira permanente nas Nações Unidas. Maria Luiza, que deve assumir o posto até o final deste semestre, substituirá o embaixador Ronaldo Sardenberg.
Mineira de Belo Horizonte, 52 anos e com mestrado em Economia pela Universidade de Brasília, Maria Luiza Viotti voltará à ONU pela terceira vez, agora com o desafio de garantir maior projeção ao Brasil na reforma das Nações Unidas. A ampliação do número de membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU e a proposta de erradicação da fome e redução da pobreza são os focos centrais com os quais ela vai trabalhar.
Maria Luiza trabalhou na missão da ONU na década de 80, como primeira-secretária. No final da década de 90, retornou às Nações Unidas como conselheira. No Brasil, foi subsecretária para Assuntos Políticos Multilaterais e diretora-geral do Departamento de Direito Humanos e Temas Sociais do Itamaraty. Seu histórico nessa área foi fundamental para que o chanceler Celso Amorim escolhesse a embaixadora para o cargo em Nova York.
O nome de Maria Luiza Viotti precisa ser confirmado pelo Congresso Nacional. O mesmo se espera para o futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Antonio Patriota, que trabalhará em parceria com a embaixadora nas negociações com os americanos envolvendo assuntos ligados ao multilateralismo.
Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Sardenberg trabalhou na ONU em debates sobre a reforma da organização e a ampliação do Conselho de Segurança. Mas o processo de discussão foi interrompido e o Brasil tentará conquistar uma vaga de membro permanente. Hoje, esse status pertence apenas a EUA, França, China, Rússia e Reino Unido.
Segundo uma fonte da área diplomática, Sardenberg esteve, no mês passado, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratando de sua saída. A expectativa é de que Lula dê um cargo político ao embaixador, considerado um exímio estrategista.
Já Maria Luiza Viotti iniciou sua carreira em 1976 e também foi embaixadora do Brasil na Bolívia. Ela se destacará, junto com a embaixadora do Brasil na França, Vera Pedrosa, como uma das poucas mulheres da diplomacia brasileira a ocuparem cargos chaves no exterior.
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